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24 de jul. de 2013

Papinha feita em casa ajuda a prevenir alergias alimentares em bebês

Rúcula, cenoura, batata, mandioca, chuchu, alface, mamão, banana, maçã, pera... A variedade de frutas, legumes e verduras que o nosso país oferece é enorme. E uma pesquisa acaba de mostrar que aproveitar essa abundância na alimentação do seu bebê pode ajudar a prevenir alergias alimentares no futuro.

Cientistas da Universidade de Southampton, no Reino Unido, analisaram o diário alimentar de 1.140 bebês e perceberam que aqueles que tiveram uma dieta rica em alimentos naturais, preparados em casa, tiveram menos chance de desenvolver alergias alimentares até os 2 anos do que aqueles que comiam produtos industrializados.

Um dos motivos, segundo a nutricionista Kate Grimshaw, que coordenou o estudo, é a presença de vitamina C, betacaroteno, folato e oligossacarídeos nos alimentos frescos, como brócolis, espinafre, cenoura, rúcula, batata, mandioca, abóbora, manga, mamão, beterraba. Esses nutrientes aumentam a imunidade do organismo enquanto os alimentos industrializados, cheios de aditivos, podem sensibilizar as crianças.
 
 
 
Papinha perfeita

Na hora de preparar a papinha do seu filho, é sempre melhor que ela seja feita na hora e oferecida ainda fresquinha, como mostrou o estudo. Mas, se você não tiver tempo de cozinhar todos os dias, pode preparar no fim de semana. Faça três tipos de papa para não repetir a mesma em refeições consecutivas. Espere esfriar e depois coloque-a em potinhos. Cole um adesivo com a data e os ingredientes usados, assim você consegue variar o cardápio. Ela pode ser mantida congelada por até 30 dias. Para descongelar, retire a papa do congelador e coloque na geladeira. Quando descongelar, esquente a comida no fogão, em banho-maria, para aquecê-la por igual.

Lembre-se de que ela precisa ter, no mínimo, duas fontes de alimentos reguladores (legumes e verduras), uma de alimentos energéticos (carboidratos, como arroz, macarrão, mandioca e batata) e uma de construtores (carnes). Não se esqueça de usar temperos. As papinhas salgadas podem ter cebola, alho e azeite. As ervas, como salsinha, cebolinha, salsão, manjericão, orégano podem ser colocadas, mas em pequena quantidade, para não comprometer o sabor natural da refeição. Se for usar sal, coloque só uma pitadinha.

Além disso, é importante que seu bebê aprenda a reconhecer a diferença entre as texturas e os sabores dos alimentos, por isso, não bata a papa no liquidificador. O melhor é sempre amassar com o garfo para que a criança desenvolva a mastigação. A papinha industrializada não está totalmente proibida, mas ela deve ser exceção no cardápio do seu filho.
 

Amamentação é fundamental

“Mais importante do que oferecer os alimentos frescos, no entanto, é o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida, como recomenda a Organização Mundial de Saúde”, diz o pediatra Marcelo Reibscheid, do Hospital e Maternidade São Luiz (SP). É por meio da amamentação que a criança adquire anticorpos e células de defesa da mãe.

Mas se você não conseguir amamentar, não se desespere. O pediatra e nutrólogo Ary Lopes Cardoso, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (SP) aconselha que, nesses casos, você ofereça fórmulas infantis com prebióticos, um tipo de componente que estimula a produção das bactérias boas do organismo, o que aumenta as defesas contra alergias e infecções.

Um erro comum dos pais é adiar a apresentação de alimentos potencialmente alergênicos aos filhos, como ovos e peixe. Isso pode causar o efeito contrário e favorecer alergias. “O organismo necessita da exposição a esses itens para desenvolver tolerância alimentar. Portanto, crianças cujos pais não apresentam alergia a nenhum tipo de alimento, devem consumi-los no primeiro ano de vida”, ensina a pediatra e alergista Renata Cocco, da Unifesp. Se houver algum caso de alergia alimentar na família, você deve esperar a orientação do pediatra sobre a introdução do alimento que causa o problema.
Dá para prevenir?

Infelizmente, não dá para garantir que seu filho nunca vai ter uma alergia, independentemente do tipo-- alimentar, de pele ou respiratória. É importante saber que toda criança tem 20% de chance de se tornar alérgica. Se um dos pais tiver o problema, essa probabilidade sobe para 40%, e, se ambos forem, o risco é de até 80%. Mas a genética não está sozinha. Algumas mudanças de comportamento e do ambiente, como poluição e estresse, interferem na regulação da defesa do organismo. Ainda assim, há maneiras de você protegê-lo, sim. A primeira delas, como você viu, é a amamentação exclusiva até o sexto mês e, como também alertou o estudo, evite oferecer alimentos industrializados ao seu filho até os 2 anos.

Também é importante deixar seu filho se sujar sem neuras. Vários estudos apontam o excesso de higiene como um dos principais culpados pelo aumento das alergias. É simples. Se não tiver contato com as substâncias, o organismo do bebê não vai aprender a se defender contra elas e isso pode causar alergia.


Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Bebes/Alimentacao/noticia/2013/08/papinha-feita-em-casa-ajuda-prevenir-alergias-alimentares-em-bebes.html

22 de mai. de 2013

Descobri que meu filho tem alergia as proteínas do leite de vaca (APLV) e agora?

“Como viver sem leite?”… “ O que dar ao meu filho?”… “Ele vai passar fome!!”… “É impossível viver sem leite!!”…
 
Essas são algumas frases que vem a nossa cabeça na hora do diagnóstico de APLV. Mas saiba, uma vida sem leite é possível SIM e é bem mais saudável do que a alimentação comum nos dias de hoje.
 
 
Em primeiro lugar temos de ter em mente que o primeiro, principal e melhor alimento para um bebê é o leite materno. O leite materno deve ser dado exclusivamente (sem chá ou água) até os 6 meses de idade. Quando o diagnóstico de APLV é estabelecido neste período, a mãe deve fazer uma dieta de restrição de leite de vaca, derivados e traços (Alimentos Não Confiáveis). Na impossibilidade da amamentação, o bebê deverá ser alimentado com fórmula especial de aminoácidos ( NUNCA utilizar soja).
 
Aos 6 meses deverá ser iniciada a alimentação complementar, com legumes e frutas cozidas, um a um, por 4-7 dias cada.
 
A introdução deve ser lenta e gradual, pois uma criança com alergia alimentar pode reagir a mais alimentos, além do leite de vaca.
 
Alguns pontos importantes a serem observados na dieta de restrição em alergia alimentar:
- Ao consumir industrializado, ler atentamente o rótulo, ligar no SAC para certificar-se da NÃO existência de traços por compartilhamento de maquinário, mesmo que higienizados (não vem escrito no rótulo).
- A esponja utilizada na limpeza da louça da criança deve ser somente dela, para evitar os traços de alérgenos.
- A louça (panela, copo, prato, talher) deve ser utilizada somente para a alimentação da criança, não sendo compartilhada com a alimentação da casa.
- SE a criança já se alimentou de leite (ou ovo, soja, carne) TODOS os utensílios devem ser trocados: panelas, bicos, copos, pratos, chupetas. Só pode ficar após higienização, os utensílios de vidro.
- Toda a alimentação da criança deve ser feita em casa: bolos, bolachas, comida salgada, afim de evitar contaminação com leite ou traços.
 
Existem várias receitas rápidas e deliciosas sem diversos alérgenos (leite, ovo, soja, carne, trigo), portanto a alimentação saudável, sem contaminação, é sim possível.
 
Com todos esse cuidados, a cura baterá a sua porta em breve e durante o percurso a criança terá qualidade de vida, sem reações ou dores indesejáveis.


Fonte: Daniara Pessoa – Especialista em Ciências de Alimentos. Acesso em: <http://apaace.org/descoberta-da-aplv/>.