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9 de nov. de 2015

O poder do carinho

Pesquisa relaciona a criação afetuosa com o desenvolvimento cerebral da criança Stock Photo/Divulgação
Pesquisa relaciona a criação afetuosa com o desenvolvimento cerebral da criança

O afeto dos pais traz benefícios fundamentais para o desenvolvimento da criança, tanto no campo social — aumentando sua capacidade de convívio —, quanto no âmbito emocional — levando à formação de uma personalidade terna e amorosa. A conclusão é de um estudo realizado pelo Departamento de Psiquiatria da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, segundo o qual os meninos e meninas criados com carinho familiar costumam apresentar um hipocampo (área cerebral relacionada ao aprendizado) quase 10% maior que as demais.

A pesquisa, realizada por psiquiatras e neurocientistas da universidade, revela, pela primeira vez, uma relação entre o impacto do carinho na infância, as especificidades psicológicas e sociais desenvolvidas posteriormente e o tamanho dessa região do cérebro.

Para chegar às conclusões, os pesquisadores analisaram imagens cerebrais de 92 crianças de sete a 10 anos que já haviam sido avaliadas previamente entre os três e os seis anos. Quando eram mais novas, o vínculo afetivo delas com os pais, principalmente com a mãe, foi observado em momentos considerados estressantes, como a espera para abrir um presente desejado. A capacidade dos pais em acalmar o filho nessas circunstâncias foi o parâmetro utilizado para definir se o menino ou menina tinha uma criação afetuosa, já que a situação simula situações de ansiedade.

— O estudo é muito objetivo. Não analisamos os pais que se consideravam carinhosos. Nós nos baseamos, sobretudo, no comportamento deles e na extensão de seu carinho em condições adversas — explica Joan L. Luby, chefe do Programa de Desenvolvimento Emocional na Primeira Idade da universidade e uma das principais condutoras da pesquisa, publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Segundo ela, o carinho familiar auxilia também no combate ao estresse e à depressão. Joan ressalta ainda que o hipocampo pouco desenvolvido está relacionado à suscetibilidade da criança em desenvolver, principalmente na adolescência, problemas como o transtorno depressivo maior (TDM), que influencia o impacto e a abordagem terapêutica do transtorno de déficit de atenção e hiperativade (TDAH) em adultos.
AutoconfiançaPara a psicóloga Selma Afonso Nazaré, o toque de carinho, além de ser um ato "gostoso" em qualquer idade, estimula o corpo em diversos aspectos.

— Fisicamente, os sinais corporais, como a respiração, o sorriso e o olhar são beneficiados. Se levarmos em consideração o lado afetivo, a estabilidade emocional, a amabilidade, o humor, a autoconfiança e a serenidade são ressaltados durante a vida infantil. As crianças criadas em um ambiente carinhoso se desenvolvem psicossocialmente e se tornam mais saudáveis e interativas com os familiares e amigos da escola, estabelecendo vínculos afetivos em qualquer fase da vida — destaca.

A jornalista Sal Freire e o professor universitário Rodrigo Dantas, pais de João, 14 anos, lembram que a qualidade e quantidade dos carinhos trocados com o filho foi um dos elementos que proporcionaram a construção de um vínculo forte com ele. Desde que João era recém-nascido, a jornalista percebia sua capacidade de tranquilizá-lo em situações estressantes com um ato carinhoso.

— Hoje, ele já desenvolveu recursos próprios para superar momentos estressantes — completa.


16 de out. de 2015

A criança e a autoestima

Um processo autônomo, como o gesto de andar, depois correr, ou aprender a pegar, segurar alguma coisa, nada disso requer inteligência, uma vez que são processos involuntários, do mesmo modo que o são, o olhar, o sentir cheiro, o escutar sem direito a escolha. Já sabemos pegar nas coisas, de berço, e com o tempo, apenas vamos aperfeiçoando a técnica, depois aprendemos a dar nomes aos objetos que estamos segurando. E para nada disso é requerida a inteligência, pois trata-se de um mero gesto de repetição, imitação, assim como o faz um papagaio, que é capaz de imitar sons, mesmo sem saber o que significam.

Criatividade não significa estar apto a repetir, a imitar, a decorar pantomimas para depois praticá-las como se fossem habilidades. Podemos ter ideias, mas isso na verdade reflete apenas uma diferente forma de se ver algo já existente. Nesse caso, uma ideia anterior, segue modificada, com aparência de nova, assim como nosso comportamento, que se parece coisa nova, quando na verdade, apenas o veículo que é nosso corpo é novo, não os hábitos.

A insatisfação e satisfação, opostos de um mesmo estado, é a causa e efeito de toda ação humana. É o que determina o que devemos ou não desejar, procurar obter, evitar, criar nossos objetivos de vida. Também, a partir destes dois pontos, que são pontos equidistantes de uma mesma coisa, isto é, a busca por satisfação, todas as personalidades humanas são criadas.

E disso também resulta a maioria dos estados emocionais do homem. Tristezas e alegrias, melancolia e euforia, medo e coragem, falta de confiança e confiança em si mesmo. Também os motivos que causam cada um destes estados nos indivíduos, estão associados ao desejo de obter satisfação. Isso significa ser aceito, bem sucedido, bonito, capaz, idolatrado, desejado, ter poder.

Compreender porque desejamos sempre mais que nossas necessidades, liberta a mente da sede de poder. Assim, ainda na infância, as frustrações dos adultos, educadores involuntários das crianças, devem ser contidas diante destas. Uma frustração adulta, quando exortada diante de uma criança, sinaliza para a mesma, que aquele comportamento é natural, que deve ser imitado. E embora intelectualmente a mesma ainda seja incapaz de compreender o que está acontecendo, os efeitos emocionais, tais como ansiedade, inquietação, intolerância e irritabilidade, estes são de compreensão imediata.

Confiança em si mesmo, é quando conseguimos enfrentar nossos próprios medos. É o sentir-se capaz de superar obstáculos que se apresentam como grandes problemas. Isso se consegue quando se têm auto-motivação, que é um sentimento de certeza interior. Certeza de que os problemas podem ser superados, nunca pode existir no medroso, onde lhe falta a confiança em si mesmo. Essa qualidade não é inata, mas produto de aprendizado, com as pessoas que estão à nossa volta.

Uma criança que apenas aprendeu a ouvir lamentações, expressões de mágoas e ressentimentos, jamais terá forças para enfrentar seus dilemas pessoais. Terá sua motivação desviada para expressar os estados de apatia, frustrações, coisa própria daqueles que fazem do seu viver uma central para lamentações, que insistem em cultivar mágoas e ressentimentos.

Sentir-se-á incapaz de realizar qualquer coisa, inseguro por não se achar apto para nada, sequer para pensar com clareza, e acabará por repetir as lamentações que lhe serviram de lastro no passado. Desse modo, como a auto-piedade se torna seu mestre psicológico, não terá forças para reagir diante de problemas, e procurará para sempre, depender daqueles que resolvam tais coisas para si.

Do mesmo modo, quando se exige de uma criança a perfeição, acabamos por criar um individuo isolado do mundo, demasiado critico, medroso de ser repreendido, que mais se preocupará com a opinião alheia, do que com sua própria felicidade. Terá medo até dos próprios pensamentos, embora, na maioria dos casos, jamais descubra a causa de agir dessa forma.

Mostrar desde cedo, com gentileza, sem exigências de perfeição, que os problemas são questões que podem ser resolvidas, desde que encarados de frente, com coragem, determinação e conhecimento, ajudará a criança a preparar o seu emocional para tais situações. De que adianta mostramos para elas apenas o resultado emocional de um problema, através de nossas expressões de raiva, de angústia? Isso apenas servirá para que se tornem ansiosas, sem uma causa aparente, diante de qualquer situação, mesmo de uma surpresa, ou alegria, ou uma simples espera por qualquer coisa.

Do mesmo modo, fazê-las compreender que os erros, longe de ser demonstrações de fraqueza ou imperfeições, servem como guias para os acertos, capacitará todas elas para serem mais tolerantes, mais flexíveis em seus julgamentos e expectativas, diante de qualquer coisa.

E, finalmente, devemos nos lembrar de repreender uma falha com orientação, e um acerto com incentivo. Lembrando que na orientação, a paciência será fundamental para que ela apreenda o que está sendo dito. Do mesmo modo, um acerto não se incentiva com prendas ou elogios fáceis, mais com encorajamento, com apreciação verdadeira, com demonstração clara, inequívoca, de que aquilo tem algum valor.

14 de ago. de 2013

Quando tem a opção de compartilhar, a criança se vê sob uma nova perspectiva

Todo pai ou professor sabe como às vezes pode ser dura a tarefa de fazer com que uma criança em idade pré-escolar divida seus brinquedos com as outras. Um dos recursos mais frequentemente utilizados pelos adultos para dobrar a resistência dos pequenos é recompensá-los para que eles compartilhem. Isso pode ser um grande erro, segundo uma pesquisa conduzida por cientistas da Universidade Cornell (EUA).

A tática levaria a criança a se ver como alguém que não gosta de dividir suas coisas, uma vez que precisa ser recompensada por isso, e se tornar menos propensa a compartilhar no futuro. Por outro lado, se for dada à criança a opção de dividir, em vez de uma recompensa, ela tende a ser mais colaborativa e sociável.

O estudo foi conduzido por Nadia Chernyak e Tamar Kushnir, que realizaram uma série de testes com 72 crianças que estavam na pré-escola, com idades entre três e cinco anos. Os resultados sugerem que, quando têm a opção de partilhar, as crianças começam a se ver sob uma nova, e mais benéfica, perspectiva.

Segundo Nadia e Kushnir, ao se perceberem como pessoas que gostam de compartilhar, elas se tornam mais propensas a agir de forma mais sociável no futuro.

— Fazer escolhas difíceis permite que as crianças descubram algo importante sobre si mesmas. Ao fazer escolhas que não são necessariamente fáceis, elas podem ser capazes de inferir na sua própria pró-sociabilidade — observaram os autores do estudo.

A recompensadora opção de desistir de algo por alguém
Nos testes, os pesquisadores apresentaram as crianças a Doggie, um boneco que estava se sentindo "triste". Algumas delas foram levadas a fazer uma escolha difícil: dividir um adesivo precioso para elas com o boneco ou mantê-lo para si. Outras crianças receberam uma escolha fácil entre compartilhar e colocar o adesivo de lado, enquanto as crianças de um terceiro grupo foram obrigadas pelos pesquisadores a compartilhar.

Mais tarde, todas as crianças foram apresentadas a Ellie, outro boneco triste, com a opção de escolher quantos adesivos queriam dividir com ele. As que anteriormente haviam escolhido compartilhar o primeiro adesivo com Doggie dividiram mais adesivos com Ellie. Já as crianças inicialmente confrontadas com uma escolha fácil e as que foram obrigadas a dar o seu adesivo a Doggie deram menos adesivos para Ellie.

— Podemos imaginar que fazer escolhas difíceis e que têm um custo é desgastante para as crianças. Ou que, uma vez que elas compartilham, não sentem necessidade de fazer isso novamente. Mas não este foi o caso: aquelas que tomaram a decisão difícil de desistir de alguma coisa por alguém foram mais generosas, e não menos, no futuro — explicou Nadia.


Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/vida/noticia/2013/08/quando-tem-a-opcao-de-compartilhar-a-crianca-se-ve-sob-uma-nova-perspectiva-4244527.html

3 de ago. de 2012

Cinco frases que você NÃO deve dizer ao seu filho

ThinkStock

Você certamente sabe que o primeiro contato de uma criança com o mundo acontece dentro da família e que os adultos, portanto, têm um papel fundamental na formação da personalidade e identidade social de uma criança. Por isso, tanto os seus atos quanto aquilo que você diz para o seu filho têm grande importância – e podem ter um impacto positivo ou negativo sobre ele.

Segundo a professora de psicologia da faculdade Pequeno Príncipe (PR), ligada ao hospital de mesmo nome, Mariel Bautzel, toda a estrutura psíquica e social de uma pessoa é formada na primeira infância. “Não é raro vermos adultos que não sabem lidar com os próprios sentimentos ou que desconfiam muito do outro”, explica a especialista. Para ela, a causa pode estar lá atrás, na infância.

Pensando nisso, com a ajuda de Mariel e também da psicoterapeuta do Hospital Infantil Sabará (SP), Germana Savoy, listamos cinco frases que você NÃO deve dizer ao seu filho.


“Para de chorar”

A clássica frase inibe a expressão do sentimento da criança, sendo que o ideal é que você a ensine a lidar com as próprias emoções. “Sempre aconselho que os pais mostrem uma alternativa para o filho. Uma boa saída é pedir que eles mantenham a calma no momento do choro”, diz Germana.


“Volte já para a sua cama, isso é só um sonho”

Até os 5 ou 6 anos, as crianças não sabem diferenciar com precisão o mundo real do mundo dos sonhos, por isso elas não entendem bem quando você disser que aquilo que vivenciaram não é real. O melhor é acalentar o seu filho, dizer que o medo logo vai passar e colocá-lo para dormir na cama dele novamente.


“Essa injeção não vai doer”

Mentir para o seu filho faz com que a relação de confiança entre vocês seja quebrada. Fale sempre a verdade. Além da dor da injeção, ele também vai ficar magoado por ter sido enganado. Diga que é só uma picadinha, e que será para que ele tenha cada vez mais saúde para brincar.


“Você não aprende nada direito”

Crianças que têm uma referência negativa de si mesmas obviamente ficam com a autoestima prejudicada, explica Germana. E, como elas ainda possuem um mecanismo de defesa pouco desenvolvido, tudo o que um adulto disser terá um impacto enorme. Dizer que elas são burras, ou que nunca vão aprender matemática, por exemplo, pode fazer com que realmente acreditem que têm essas fraquezas.


"Se você não me obedecer, eu vou embora"

A criança tem de aprender a respeitar os pais pela autoridade - e não por medo de perdê-los ou, pior ainda, de ser maltratada. Ameaças e chantagens estão fora de cogitação.

Claro que, às vezes, os pais acabam falando coisas que não gostariam... Se isso acontecer, não se culpe. O jeito é recuperar a calma e conversar com a criança, explicando que agiu de forma errada.


Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI249042-15546,00-FRASES+QUE+VOCE+NAO+DEVE+DIZER+AO+SEU+FILHO.html

29 de jun. de 2012

Seis valores importantes para ensinar às crianças desde cedo

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Não é segredo para ninguém: educar uma criança é difícil. Requer persistência e dedicação dos pais, principalmente para ensinar valores importantes para o futuro dos pequenos, como amor próprio, autocontrole, respeito ao próximo e honestidade. O aprendizado não acontece da noite para o dia, e sim ao longo da vida, segundo a pedagoga Isabel Parolin, de Curitiba. Daí a importância de persistir nas mensagens que deseja transmitir e repetir mil vezes cada não, por mais difícil que seja.

“A família tem um papel extremamente importante na formação do indivíduo, mas há influências de outras pessoas, como professores, avós, babás... E elas podem ser positivas ou negativas”, explica a educadora Claudia Coelho Hardagh, de São Paulo. Veja, então, a descrição de cada valor e como ensiná-los aos pequenos desde cedo:


1. Amor próprio

Amor próprio pode ser identificado como sentimento de autopreservação, que impede que as pessoas se envolvam em situações de perigo que possam ameaçar o equilíbrio emocional delas. Nas crianças, é algo mais sutil, tem a ver com a construção da autoestima e na confiança da própria capacidade para enfrentar diferentes situações.

Na prática: Tudo isso é adquirido por meio de elogios e incentivos para enfrentar as dificuldades. E, perante alguma situação em que a criança agiu de forma errada, é importante criticar o comportamento dela, pontualmente, e não sua personalidade, de forma geral. “O mesmo vale para os elogios: tanto a falta quanto o excesso só atrapalham”, diz Isabel.


2. Autocontrole

É a capacidade de controlar, racionalmente, as reações ligadas a emoções, afetos e sentimentos. É por meio do autocontrole que a criança descobre seus limites, elege prioridades e traça suas metas e seus objetivos.

Na prática: Ensiná-las a ter autocontrole, porém, não é fácil. Você precisará enfrentar a fase da birra, persistindo com sua opinião e forma de educar. Se a criança agir errado e fizer manha, converse, mostre em que ela errou e coloque-a para pensar. Exija que ela peça desculpas, mas que entenda o motivo de ter que se desculpar. Tenha em mente que bater não resolve em nada o problema, ok?


3. Escolha

Desde bem cedo, é importante mostrar para a criança que ela não pode ter tudo o que quer e, por esse motivo, deve praticar o exercício da escolha, seja em relação a suas vontades, seja no que se refere a objetos, brinquedos etc. “Ensine ao pequeno que uma escolha é sempre, também, uma perda: ‘Lembra que você escolheu isso? Então é isso que você terá’”, sugere Isabel. O exercício de escolhas está ligado ao de autocontrole. Se a criança chorar, fizer birras, será preciso acalmá-la para explicar os prós e os contras de sua decisão.

Na prática: É muito comum, na fase de 3 a 4 anos, a criança ter dificuldade de dividir seus brinquedos e não emprestar para seus amigos. Essa é a oportunidade para mostrar que ela pode escolher dividir suas coisas ou ficar sozinha, sem amigos. “Explique que fazer acordos é algo admirado pelas pessoas e que vale a pena”, diz Claudia.


4. Honestidade

Não há uma definição única para a honestidade. É um valor ético, fundamental para o convívio social. Ensinar à criança o que é honestidade leva tempo e depende de suas próprias atitudes, exemplos e conversas.

Na prática: É comum crianças pegarem objetos, brinquedos dos coleguinhas da escola e levarem para casa. “Isso ocorre porque não há entendimento de propriedade, até porque, na escola ou no clube, brincam com tudo sem perceber que os objetos pertencem a alguém”, explica Claudia. Cabe aos pais mostrar que aquilo não é da criança, fazerem com que ela perceba o erro e devolva o objeto, pedindo desculpas. Esse processo deve ser educacional, e não um castigo causador de brigas. “Se a atitude persistir, a conversa pode ser mais rígida”, orienta Claudia.


5. Jogo de cintura

O jogo de cintura nada mais é do que ter flexibilidade, ou seja, capacidade de driblar situações de conflito. Para as crianças, é preciso ensinar seu significado desde cedo para que aprendam que suas vontades não serão sempre atendidas, mas que, ainda assim, terão escolhas e devem agir educadamente.

Na prática: Você não conseguirá ensinar seu filho a ter jogo de cintura se perde a paciência a cada problema que aparece. Seu exemplo o fará compreender como ele deve agir quando acontece algo que não o agrada, por isso, não seja tão rígida em seus pontos de vista. No convívio familiar, é importante ter (e mostrar) tolerância. “Brigas constantes, gritos e agressões verbais demonstram a falta de jogo de cintura”, avisa Claudia.

Outro exercício, segundo Isabel, é contar para a criança um erro que você cometeu e o que você fez para remediá-lo. “Eu errei o nosso omelete. Agora a mamãe vai fazer o seguinte, vamos transformar isso em uma farofa”, exemplifica.


6. Respeito

Respeito com os mais velhos, com os “diferentes”, com os animais, com a vida... Ensinar a criança a respeitar os outros é a regra quando se fala em educação infantil.

Na prática: Não há um jeito específico para ensinar o que é respeito. O primeiro passo é respeitar também, permitir que a criança aprenda assistindo a seu exemplo. Depois, é preciso ouvir as queixas dos professores e educadores da escolinha e nunca não ignorá-las. Falar mal das pessoas na frente das crianças também prejudica o ensinamento. Por fim, é importante chamar a atenção da criança ao vê-la desrespeitando outras pessoas, os animais e também o meio ambiente.


Idade certa

Os valores acima podem parecer um pouco complicados, mas devem ser transmitidos, principalmente, por meio de suas atitudes (dando o exemplo) desde o nascimento das crianças:

 - Até os 2 anos de idade, a criança constrói e elabora conhecimentos sobre a realidade.

- A partir dos 4 anos, ela sai do simbólico e vai para o intuitivo. Nessa fase, já troca experiências com outras pessoas.

- Após os 7 anos, ela já é capaz de estabelecer compromissos, compreende as regras e já consegue ser fiel a elas.


A vovó e a mamãe

Muitas vezes, a visão que a criança tem sobre o papel da avó e o da mãe fica conturbada exatamente porque a avó tende a tomar conta dos pequenos nos primeiros anos de vida, quando a mamãe volta a trabalhar. É preciso ter em mente que a avó não deve fazer o papel de mãe, mas também não se esqueça de que ela é mãe e tem experiência.

Por isso, é importante conversar com os avós sobre a forma como você quer educar seu filho. Deixe claro que a criança precisa deles tanto quanto precisa de você e aceite opiniões. Ainda assim, se a dinâmica não funcionar, vale adaptar seus horários para cuidar da criança ou até procurar creches e escolas que possuem os mesmos valores que você. Dessa maneira, você permite que a avó possa ser avó. “Nada mais gostoso do que a vovó ir buscar a criança na escola, levá-la para jantar e depois entregá-la para os pais”, conta Isabel.