“Como viver sem leite?”… “ O que dar ao meu filho?”… “Ele vai passar fome!!”… “É impossível viver sem leite!!”…
Essas são algumas frases que vem a nossa cabeça na hora do diagnóstico de APLV. Mas saiba, uma vida sem leite é possível SIM e é bem mais saudável do que a alimentação comum nos dias de hoje.
Em primeiro lugar temos de ter em mente que o primeiro, principal e melhor alimento para um bebê é o leite materno. O leite materno deve ser dado exclusivamente (sem chá ou água) até os 6 meses de idade. Quando o diagnóstico de APLV é estabelecido neste período, a mãe deve fazer uma dieta de restrição de leite de vaca, derivados e traços (Alimentos Não Confiáveis). Na impossibilidade da amamentação, o bebê deverá ser alimentado com fórmula especial de aminoácidos ( NUNCA utilizar soja).
Aos 6 meses deverá ser iniciada a alimentação complementar, com legumes e frutas cozidas, um a um, por 4-7 dias cada.
A introdução deve ser lenta e gradual, pois uma criança com alergia alimentar pode reagir a mais alimentos, além do leite de vaca.
Alguns pontos importantes a serem observados na dieta de restrição em alergia alimentar:
- Ao consumir industrializado, ler atentamente o rótulo, ligar no SAC para certificar-se da NÃO existência de traços por compartilhamento de maquinário, mesmo que higienizados (não vem escrito no rótulo).
- A esponja utilizada na limpeza da louça da criança deve ser somente dela, para evitar os traços de alérgenos.
- A louça (panela, copo, prato, talher) deve ser utilizada somente para a alimentação da criança, não sendo compartilhada com a alimentação da casa.
- SE a criança já se alimentou de leite (ou ovo, soja, carne) TODOS os utensílios devem ser trocados: panelas, bicos, copos, pratos, chupetas. Só pode ficar após higienização, os utensílios de vidro.
- Toda a alimentação da criança deve ser feita em casa: bolos, bolachas, comida salgada, afim de evitar contaminação com leite ou traços.
Existem várias receitas rápidas e deliciosas sem diversos alérgenos (leite, ovo, soja, carne, trigo), portanto a alimentação saudável, sem contaminação, é sim possível.
Com todos esse cuidados, a cura baterá a sua porta em breve e durante o percurso a criança terá qualidade de vida, sem reações ou dores indesejáveis.
Fonte: Daniara Pessoa – Especialista em Ciências de Alimentos. Acesso em: <http://apaace.org/descoberta-da-aplv/