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13 de nov. de 2023

Você sabe brincar com seu filho?

A realidade vivida pelos pais nos dias de hoje é muito diferente da encontrada no século passado. O movimento feminista, a mudança de paradigmas e o mercado de trabalho se abrindo para mulheres, começou a possibilitar outras formas de dinâmica familiar. 

Atualmente os pais tem cada vez menos tempo para seus filhos e, além disso, com péssima qualidade. Chegam em casa com problemas do trabalho, estressados e ainda com muitos afazeres domésticos para dar conta. Isso tudo gera um stress e faz com que os pais dediquem tempo de baixa qualidade aos pequenos. Frente a  isso percebe-se que os pais não sabem estar/brincar com seus filhos de uma forma efetiva e satisfatória. A correia do dia-a-dia, a cabeça sempre cheia de atividades, problemas e metas a cumprir dificulta esta tarefa. Verdade seja dita, realmente é muito difícil cumprir todas as rotina da vida moderna e ainda dispor de tempo para os filhos. Porém, não impossível!
Acredito que algumas dicas possam ajudar a melhorar estas relações, por isso cito abaixo algumas estratégias para ação e reflexão dos pais que se identificam com a situação abordada acima:

- Organize seu tempo dentro e fora do trabalho - imprevistos acontecem, por isso a organização é fundamental. Planeje no final de semana o que pode fazer para brincar com seu  filho, após o trabalho  e no seu horário livre;
- O brincar é essencial para os pequenos, pois possibilita a expressão de conflitos internos. Enquanto brincam fique atento ao seu filho, é uma ótima oportunidade de conhecê-lo melhor. Aproveite a brincadeira você também. Brincar ajuda a relaxar e aliviar as tensões do dia-a-dia. Você sabia?

- Pense o que você gostaria que seu pai/mãe fizesse com/por você, quando você tinha a idade do seu filho - isso ajuda bastante. As brincadeiras de hoje em dia são bem diferentes das brincadeiras dos anos 70, 80, por exemplo, mas quem disse que seu filho não gosta de jogar peteca, bolinha de gude, 5 marias. A maioria das crianças nem conhece estas brincadeiras fantásticas;
-  Seja criativo. As crianças adoram improviso, brincadeiras de movimento com o corpo, faz-de-conta (contos, teatro, fantoches);

- Esteja disponível psiquicamente. Tente deixar de lado, por alguns minutos, pelo menos, os problemas. Entregue-se ao seu filho, à brincadeira. Conecte-se a ele. Seja carinhoso, afetivo, mas firme, quando necessário. Não tenha medo de dizer não. Lembre-se: no brincar também é importante que se estabeleçam limites. Deixe a criança explorar, conhecer, descobrir. Incentive-a. Mas deixe claro que brincadeiras com socos, tapas e que possam machucá-los, você ou a criança, são PROIBIDOS ;
- Corra, pule, grite, vivencie com seu filho a fase mais importante da vida dele, da sua, de vocês. A personalidade da criança se desenvolve até, aproximadamente, 6-7 anos, ou seja, o que ela será no futuro dependerá do que você faz (ou não) hoje por ela. Pense nisso. Criança feliz hoje, adulto saudável amanhã.

Aproveite esse momento para poder dedicar um tempo de qualidade para seu bem mais precioso: seu filho!


Por Rafaella Pelisser
Psicóloga
CRP 07/16972
(51) 9 9882.8988

12 de jun. de 2019

Pais sem autoridade, filhos sem limite

Na atualidade existe certa desorientação dos pais em relação à autoridade que exercem sobre seus filhos

De três gerações para cá, verifica-se uma mudança radical e significativa na posição dos pais quanto à colocação dos limites e das regras disciplinares em seus filhos.

Se por um lado até as décadas de 40 e 50, a maneira de educar os filhos seguia uma direção vertical, na qual os pais exerciam sua autoridade de cima para baixo sem maiores questionamentos. A geração seguinte, a partir do final dos anos 60, incomodada pelo autoritarismo, ao assumir o lugar dos pais agiu no extremo oposto, optando por mais permissividade. Os textos de psicologia desta época orientavam os pais quanto aos perigos potenciais da repressão de atitudes e comportamentos, no que tange a construção da personalidade, à criatividade, à saúde como um todo.

A falta de limites tem conseqüências negativas para a criança e seu desenvolvimento. A criança que não aceita regras, seja para jogar um jogo, para andar no ônibus, para se comportar na escola, terá dificuldades para conviver com os outros. Os limites ajudam a criança a tolerar frustrações e adiar sua satisfação.

A criança tem que apreender a esperar sua vez, a compreender que existem outros e que precisa compartilhar. A insuficiência de limites pode conduzir a uma desorientação, a uma falta de noção dos outros, de respeito, à criminalidade em alguns casos extremos.
Colocar limites não significa ser autoritário, mas sim ter autoridade. Através da colocação de limites os pais ensinam a criança a respeitar-se e a respeitar os outros. Dizer "não" para uma criança, e ensinar-lhe que ela também pode dizer não, quando alguém quiser lhe impor atitudes ou comportamentos. Na medida em que os pais percebem as necessidades da criança, as identificam e as apontam, ela poderá também identificar quais suas próprias necessidades e como respeitar seu próprio corpo.

Por exemplo, se uma mãe percebe que seu filho não está com sono, mas precisa dormir, e ela é firme e lhe disse que é hora de dormir, mesmo que ele resista aos poucos ele poderá identificar seu próprio cansaço e a necessidade do corpo de descansar. Existem muitos adultos que não ouvem as mensagens do próprio corpo, dor, cansaço, fadiga, e passam por cima dos limites do corpo, o que freqüentemente provoca stress e adoecimento. Por outro lado, é comum ouvir as jovens hoje em dia dizerem não saber como dizer "não", a um namorado que deseja ter uma relação sexual.
Colocar limites não significa privar de liberdade. Quanto mais cedo, os pais colocarem os limites de forma afetiva e com segurança de propósitos menos problemas terão na puberdade e na adolescência, fase na qual as crianças se revoltam contra as imposições desmedidas e transgridem aquilo que é insuportável.

É importante que os pais dialoguem com os filhos e expliquem quais os propósitos dos limites. Se mesmo assim as crianças não obedecerem, às vezes é necessário colocar sanções, com o intuito das crianças se responsabilizarem pelos atos e pelas suas decisões. Se um pai superprotege seu filho, evita colocar limites e dizer não a todas suas vontades, o prejudica, pois seu filho demorará para se tornar um adulto capaz de aceitar as regras da sociedade.

A tarefa de dizer não, por outro lado, inicia-se desde o nascimento. A importância do "não" e do estabelecimento de limites é fator organizador na formação da personalidade de todo ser humano. Desde ao redor de um ano de idade aproximadamente a criança precisa aprender a ouvir a palavra "não" e os pais ao pronunciá-la.

As crianças passam pela "fase do negativismo", na qual a criança fala quase compulsivamente a palavra "não", testando sua força diante da autoridade do adulto, pai ou mãe. Com esse comportamento as crianças estão experimentando até onde podem chegar e até onde as pais deixam ir.

As crianças precisam de regras claras, objetivas e coerentes colocadas com segurança e na hora certa. O estabelecimento de limites não é tarefa fácil, mas muito mais complicado é mantê-los. Ter de enfrentar o choro, resmungos, esperneio e a sensação provocada pela criança de que somos pais "maus" e injustos é difícil de tolerar. É fundamental conhecer quais os recursos mentais da criança em cada faixa etária. Por exemplo, antes dos 4 ou 5 anos é quase impossível esperar que uma criança compreenda e aceite as regras de um jogo. Ela vai quere jogar e ganhar toda vez. Obrigá-la a aceitar regras antes do tempo seria um limite absurdo. Porém, a partir da 6 anos a criança já terá adquirido a capacidade para aceitar as regras e a vez dos amiguinhos.

Quando a criança é pequena, ela não sabe o que lhe faz bem e o que é prejudicial para sua saúde; são os cuidadores que aos poucos precisam ir ensinando-lhes estes valores, colocando limites, dizendo "não", para que ela possa apreender por si só e se tornar autônoma, conhecendo seu próprio corpo. Também, para que as crianças entendam a importância dos limites é fundamental, que os pais sejam coerentes, fazendo ou deixando de fazer, aquilo que falam para seus filhos.

13 de mar. de 2019

Ciúme de irmão

Sentimento difícil de controlar, o ciúme costuma “dar o ar da graça” sempre que seu filho precisar disputar sua atenção e carinho com alguém. Este sentimento, que antes da chegada de um irmão pode se manifestar de forma passageira, após o nascimento do bebê, em muitos casos, passa a ser contínuo e intenso. É difícil lidar com a situação? Sim, pois muitos casais decidem ter o segundo filho quando o mais velho tem entre 2 e 3 anos. Uma fase em que ser o mais velho não significa ter o controle sobre suas emoções, por exemplo. Por isso, recomenda-se ter muita paciência e se dividir ao meio, literalmente. Virar um monstrengo, com muitos braços, pernas, olhos, bocas e uma inacreditável atenção múltipla.

Segundo especialistas, o ciúme pode ser um importante aliado no amadurecimento da criança. Ela é obrigada a lidar com novas regras e a pensar novas estratégias para isso. Outra perspectiva positiva: ele pode funcionar como cimento para a construção da imagem da criança. É que a batalha pelo amor dos pais estimula a diferenciação, e por isso ajuda na formação da personalidade.

Compreensão nessa hora é fundamental, pois, quando os pais não se excedem em reprimendas e punições, o filho mais velho e o mais novo tendem a se enfrentem pacificamente em suas competições.


Fonte: Boletin CRESCER. Acesso em: <14.04.2012>.

22 de jun. de 2018

Dormir mal é prejudicial às crianças

Noites mal dormidas podem causar danos que vão além das olheiras dos pais

Carol do Valle
Pesquisas recentes comprovam que se você não ensinar seu filho a dormir agora, ele pode ter problemas num futuro não muito distante. Uma delas, apresentada em um encontro da Academia Americana de Medicina do Sono, em junho de 2007, mostra que crianças do ensino fundamental com problemas para dormir estão mais propensas a receber notas piores em matemática, leitura e escrita do que aquelas que não apresentam nenhum sintoma. Tanto as noites mal dormidas quanto os distúrbios do sono, menos comuns, alteram o rendimento. “Dificilmente os pais relacionam problemas de sono com notas ruins”, afirma Alyssa Bachmann, que coordenou a pesquisa. E isso pode comprometer o aprendizado e a vida social da criança, segundo ela.

Outra conseqüência que preocupa é a obesidade — isso mesmo! Pesquisadores da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, descobriram que uma hora a mais de sono diminui as chances de excesso de peso em até 36%, na infância. A suspeita é que noites mal dormidas aumentem a produção de hormônios que estimulam o apetite. Além disso, as crianças que dormem pouco praticariam menos exercícios por causa do cansaço.

Até mesmo a depressão infantil pode estar ligada ao sono. Acredita-se que pacientes que sofram da doença tenham mais chances de desenvolver distúrbios. Essas conclusões são importantes para orientar os pais e facilitar diagnósticos. Não apenas nos casos de doenças mais graves, mas também em situações corriqueiras. Seja um bebê que só pega no sono se for no colo da mãe, seja uma criança que insiste em passar a noite com os pais.


14 de mar. de 2018

QUERO TE VER!

Com saudades e dominando as teclas do telefone com a ajuda de um adulto, seu filho te liga enquanto você está no trabalho e diz “mamãe, volta pra casa” ou “você vai demorar?” Depois de ouvir essas frases, seu coração murcha. E você pensava que a fase mais difícil seria a volta da licença-maternidade!

Isso ocorre, pois a criança realmente está com saudades e quer vê-la logo. Sentimento muito comum entre 2 e 3 anos. Sentem falta do adulto que lhe dá segurança. Mas cuidado para não chorar ao telefone. Pode passar insegurança. Imagine você ouvir o seguinte discurso: “Mamãe vai trabalhar porque precisa, é legal, divertido, mas volto no final do dia”. E ao telefone você chorar depois de ouvir o lamento. É para se indagar: se é tão bom, porque ela chora? Nessa hora, respire fundo e tente parecer que está tranqüila para passar segurança à criança. Diga que no momento não pode ir, porque está trabalhando, mas que volta no fim do dia. Procure estabelecer um diálogo com ela, perguntando o que já fez, se comeu, brincou. Não pergunte se gosta de você ou se está sentindo a sua falta, porque pode desencadear uma fragilidade que ela está tentando superar. Se tiver vontade de chorar, deixe para fazer depois de desligar o telefone. Aos poucos, a criança se acostuma com a rotina.

O importante é que você conduza tudo com muita calma, mesmo com o coração amassado. Quando puder, saia mais cedo do trabalho ou vá almoçar em casa. E aproveite muito o tempo em que estiver junto dela.


Fonte: Boletim Online CRESCER.

13 de out. de 2016

Mais filhos únicos


 Shutterstock

Puxe pela memória. Na sua infância, quantos amigos da escola eram filhos únicos? Poucos, não é mesmo? Agora pense nos amigos do seu filho. Quantos deles têm irmãos? Boa parte, apostamos, é filho único.

Dados divulgados recentemente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na divulgação do Censo 2010, mostram que a taxa de fecundidade da mulher brasileira caiu para 1,86 filho por mulher em 2010, bem inferior à taxa de 2,38 filhos observada dez anos atrás.

Mudanças sociais e econômicas estão deixando a árvore genealógica nacional cada vez mais enxuta, sobretudo nos grandes centros urbanos. As taxas mais baixas de fecundidade foram observadas nos estados do Rio de Janeiro (1,62 filho por mulher), São Paulo (1,630 e no Distrito Federal (1,69), enquanto a taxa mais alta ocorre no Acre (2,77).

De acordo com o relatório, o declínio dos níveis de fecundidade ocorreu em todas as grandes regiões brasileiras, principalmente no Norte (de 3,16 filhos por mulher para 2,42) e no Nordeste (de 2,69 para 2,01), que possuíam os mais altos níveis de fecundidade em 2000.

Segundo o IBGE, também se notou uma mudança comportamental: começa a cair a participação das mulheres mais jovens (15 a 24 anos de idade) em novos nascimentos, e cresce a fecundidade entre as com mais de 30 anos, passando de 27,6% em 2000 para 31,3% em 2010.

Os números reforçam uma tendência dos casais que optam por diferentes razões em ter apenas um filho. Dedicar-se, primeiro, aos estudos e à carreira, focar o investimento em uma única criança, ter mais tempo para outras atividades são algumas delas.

A estilista Adriana Fiori, 37 anos, e o marido, o arquiteto Rogério Freitas, 41 anos, fizeram planos para ter apenas um filho. Júlia nasceu há 2 anos quando eles já estavam casados há 5. “Sempre quis ser mãe, mas não queria abrir mão dos estudos e da minha carreira. Quando Júlia nasceu, passei a trabalhar mais tempo em casa, mas agora que ela está na escola, retomei a antiga rotina. Decidimos ter um filho só para poder oferecer o melhor à ele e, ainda assim, manter os meus interesses e do Rogério”, diz.

Para a psicanalista – e filha única - Diana Corso, hoje em dia é muito mais fácil ser mãe de apenas uma criança, assim como é mais fácil ser filho único. “Atualmente, os casais que optam por apenas um filho não são discriminados como há alguns anos. Antes, ter um filho só poderia ser considerado uma vergonha. Não se cogitava que aquela era uma opção do casal, já se pensava em um problema no casamento ou na fertilidade da mulher. Hoje, quando nos referimos a uma família com apenas um filho, não dizemos que eles têm “apenas” um filho, e sim, eles têm um filho”, compara a especialista.

As crianças também não saem perdendo. Por muito tempo, os filhos únicos carregaram um estereótipo de crianças mimadas, já que não aprendiam a dividir com seus irmãos. Atualmente, eles têm que dividir os pais com outros interesses, como o trabalho. Também se dizia que filhos únicos eram mais solitários. “Isso é um mito. Uma relação de amizade entre irmãos é tão rara como o amor entre duas pessoas. Pode acontecer ou não. Ter um irmão significa a possibilidade de um laço, não a certeza”, completa Corso. Mas, se ainda assim, você está preocupada com a educação do seu filho único, veja a seguir algumas dicas que vão ajudá-la nessa tarefa:


Faça uma lista de seus medos (como imaginar que seu filho convive com crianças que são má influência ou o que pode acontecer se ele for sozinho a uma festa) e elimine o que você descobrir que não faz sentido
Conheça a capacidade de seu filho em diferentes estágios do desenvolvimento. Dê a ele oportunidades para ter aventuras e para fracassar
Discuta confiança com seu filho. Acredite que o sistema de valores de sua família orientará as decisões de seu filho quando ele crescer
Deixe seu filho resolver alguns problemas sozinho. Não fique sempre lá para juntar os cacos
Saiba que em alguns momentos é importante ceder e deixar seu filho descobrir como agir sozinho
*Dicas do livro Criando Filho Único (editora M.Books), de Carolyn White


Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI280126-15546,00-MAIS%20FILHOS%20UNICOS.html. Acesso em: <30.11.2011>.

Mais filhos únicos


 Shutterstock

Puxe pela memória. Na sua infância, quantos amigos da escola eram filhos únicos? Poucos, não é mesmo? Agora pense nos amigos do seu filho. Quantos deles têm irmãos? Boa parte, apostamos, é filho único.

Dados divulgados recentemente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na divulgação do Censo 2010, mostram que a taxa de fecundidade da mulher brasileira caiu para 1,86 filho por mulher em 2010, bem inferior à taxa de 2,38 filhos observada dez anos atrás.

Mudanças sociais e econômicas estão deixando a árvore genealógica nacional cada vez mais enxuta, sobretudo nos grandes centros urbanos. As taxas mais baixas de fecundidade foram observadas nos estados do Rio de Janeiro (1,62 filho por mulher), São Paulo (1,630 e no Distrito Federal (1,69), enquanto a taxa mais alta ocorre no Acre (2,77).

De acordo com o relatório, o declínio dos níveis de fecundidade ocorreu em todas as grandes regiões brasileiras, principalmente no Norte (de 3,16 filhos por mulher para 2,42) e no Nordeste (de 2,69 para 2,01), que possuíam os mais altos níveis de fecundidade em 2000.

Segundo o IBGE, também se notou uma mudança comportamental: começa a cair a participação das mulheres mais jovens (15 a 24 anos de idade) em novos nascimentos, e cresce a fecundidade entre as com mais de 30 anos, passando de 27,6% em 2000 para 31,3% em 2010.

Os números reforçam uma tendência dos casais que optam por diferentes razões em ter apenas um filho. Dedicar-se, primeiro, aos estudos e à carreira, focar o investimento em uma única criança, ter mais tempo para outras atividades são algumas delas.

A estilista Adriana Fiori, 37 anos, e o marido, o arquiteto Rogério Freitas, 41 anos, fizeram planos para ter apenas um filho. Júlia nasceu há 2 anos quando eles já estavam casados há 5. “Sempre quis ser mãe, mas não queria abrir mão dos estudos e da minha carreira. Quando Júlia nasceu, passei a trabalhar mais tempo em casa, mas agora que ela está na escola, retomei a antiga rotina. Decidimos ter um filho só para poder oferecer o melhor à ele e, ainda assim, manter os meus interesses e do Rogério”, diz.

Para a psicanalista – e filha única - Diana Corso, hoje em dia é muito mais fácil ser mãe de apenas uma criança, assim como é mais fácil ser filho único. “Atualmente, os casais que optam por apenas um filho não são discriminados como há alguns anos. Antes, ter um filho só poderia ser considerado uma vergonha. Não se cogitava que aquela era uma opção do casal, já se pensava em um problema no casamento ou na fertilidade da mulher. Hoje, quando nos referimos a uma família com apenas um filho, não dizemos que eles têm “apenas” um filho, e sim, eles têm um filho”, compara a especialista.

As crianças também não saem perdendo. Por muito tempo, os filhos únicos carregaram um estereótipo de crianças mimadas, já que não aprendiam a dividir com seus irmãos. Atualmente, eles têm que dividir os pais com outros interesses, como o trabalho. Também se dizia que filhos únicos eram mais solitários. “Isso é um mito. Uma relação de amizade entre irmãos é tão rara como o amor entre duas pessoas. Pode acontecer ou não. Ter um irmão significa a possibilidade de um laço, não a certeza”, completa Corso. Mas, se ainda assim, você está preocupada com a educação do seu filho único, veja a seguir algumas dicas que vão ajudá-la nessa tarefa:

Faça uma lista de seus medos (como imaginar que seu filho convive com crianças que são má influência ou o que pode acontecer se ele for sozinho a uma festa) e elimine o que você descobrir que não faz sentido
Conheça a capacidade de seu filho em diferentes estágios do desenvolvimento. Dê a ele oportunidades para ter aventuras e para fracassar
Discuta confiança com seu filho. Acredite que o sistema de valores de sua família orientará as decisões de seu filho quando ele crescer
Deixe seu filho resolver alguns problemas sozinho. Não fique sempre lá para juntar os cacos
Saiba que em alguns momentos é importante ceder e deixar seu filho descobrir como agir sozinho
*Dicas do livro Criando Filho Único (editora M.Books), de Carolyn White


Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI280126-15546,00-MAIS%20FILHOS%20UNICOS.html. Acesso em: <30.11.2011>.

21 de set. de 2016

Agressividade na infância: até que ponto é normal?

Fragilidade e insegurança. Esses são os dois principais motivos que ocasionam comportamentos agressivos por parte das crianças, podendo resultar em ferimentos nela própria e em outras pessoas. Situações como o nascimento de um novo bebê na família, separação dos pais ou então a perda de algum parente próximo contribuem para a mudança repentina na maneira de agir do filho.

"As crianças são totalmente emocionais e pouco racionais. Por não saberem lidar com alguns sentimentos, podem expressá-las por meio de atos agressivos", explica a especialista em psicologia clínica para crianças e adolescentes, Keila Gonçalves.
Sabe-se, no entanto, que a agressividade não é um traço de personalidade. Se seu filho está agressivo, certamente ele está sendo influenciado pelo cotidiano familiar e, em menor escala, por fatores externos, como a televisão, amizades, entre outros.
Segundo Keila Gonçalves, os pais devem ficar preocupados quando as atitudes perturbadoras se tornam prolongadas. "Algumas vezes, as crianças apresentam uma agressividade não apenas transitória, mas permanente, ou seja, parecem estar sempre provocando situações de briga. Este é o momento de entrar em ação".
Observar muito bem cada atitude e manter o diálogo são os primeiros passos para descobrir a causa o problema. Muitas vezes, o pequeno da família pode estar vivendo situações de conflito, seja em casa ou na escola, que o faça desempenhar algum tipo de papel, agredindo e deixando-se agredir, como conseqüência desta dinâmica em que pode estar inserido.
O comportamento hostil geralmente se origina por inúmeras razões: dificuldade de relacionamento com outras crianças; algum tipo de abuso ou humilhação por parte dos adultos; pais que evitam dizer “não” quando necessário (podendo transformar em uma criança possessiva) ou excesso de cobrança.
Nesses casos, a criança precisa de ajuda, mais do que de punição. Torna-se urgente assisti-la, por meio de muita observação e diálogo, para que se possa interromper esse ciclo de violência. É recomendada a ajuda de um especialista, que orientará os pais sobre a maneira correta de proceder.

Outra medida importante é a relação de cumplicidade entre a família e a escola. Saber sobre o comportamento do seu filho fora de casa e informar a educadora sobre os problemas percebidos podem ser fundamentais. "Muitas vezes, há uma melhora sensível quando a criança percebe que seus pais enxergaram o problema", revela a psicóloga. Como se percebe, o afeto é o caminho mais tranqüilo e menos doloroso para arrancar a tensão de dentro do seu querido. Basta saber usá-lo.

3 de mar. de 2016

Pais ausentes ou muito presentes na escola podem prejudicar estudos das crianças

Thinkstock
Para que a criança tenha um bom aprendizado, é importante que os pais participem da vida escolar dos filhos, mas respeitando a autoridade da escola.

Há quem acredite que frequentar reuniões de pais e mestres nas escolas dos filhos é chato e entediante. Uma vez que confiaram na instituição, não é preciso perder tempo para saber o andamento da educação. Outros se intrometem tanto que querem ensinar aos professores a melhor maneira de educar seus filhos.

De maneias distintas, ambos estão errados. Afinal, qual o limite da relação entre pais e professores? "Eles são educadores, cada um em seu âmbito. A convivência entre pais e professores deve ser de harmonia e respeito mútuo", diz o engenheiro e professor José Carlos Pomarico, diretor geral do Colégio Joana D’Arc, em São Paulo.
Tudo começa com a escolha da instituição de ensino. Antes de matricular o filho, pais devem avaliar quais são os métodos educacionais, a proposta, a linha pedagógica adotada, para saber se eles concordam com a linha que adotaram para educar as crianças. "As divergências, caso venham a existir no decorrer do processo, devem ser resolvidas diretamente com a escola, não deixando que cheguem ao aluno", afirma José Carlos Pomarico.
Confiança é o ponto chave, por isso é tão importante escolher a escola com calma. “Uma boa relação é construída a partir da noção de parceria. Os alunos precisam se sentir seguros sobre os caminhos que a escola orienta, os quais foram aprovados previamente pela família”, diz o diretor pedagógico Nivaldo Canova, do Colégio Giordano Bruno, de São Paulo.

É importante que pais participem do cotidiano escolar e contribuam com suas experiências, tenham um diálogo com os profissionais. Contudo, é fundamental que cada um desempenhe o papel que lhe cabe na formação das crianças e jovens. "Educar não é uma tarefa fácil, mas o princípio básico é a coerência entre o que se fala e o que se faz diante de regras", explica a diretora Tatiana Martinez, do Colégio Rio Branco – Unidade Granja Vianna, em São Paulo.



Papéis bem definidos

Até que ponto um não avança o campo do outro? Tudo o que diz respeito à educação dos filhos é de responsabilidade dos pais e isso só muda à medida que a criança vai crescendo e tomando suas próprias decisões.
"O papel dos professores está restrito ao que compete à educação escolar, no cumprimento de regras estabelecidas para o bom convívio coletivo”, explica a psicóloga educacional Marli da Costa Ramos Scatralhe, diretora pedagógica do Colégio Mario Schenberg, em Cotia (SP). Resumindo: à família cabe educar o filho, à escola ensinar o aluno, exercitando regras de convivência, compartilhando, respeitando as individualidades, aos bons hábitos de higiene e respeito ao meio ambiente.



Cuidado com os erros frequentes


Excesso de zelo

Acompanhar o processo educativo da escola não se restringe a conferir lições de casa ou mesmo frequentar reuniões. Mas ultrapassar muito esse limite não é bom. Pais superprotetores prejudicam os filhos em todos os âmbitos – e não só no escolar. “Eles acabam criando crianças dependentes, inseguras e que precisam o tempo todo de atenção, não conseguem realizar tarefas simples sem consultar ou ter a aprovação de professores e ficam contrariadas quando não atingem um objetivo proposto”, avalia Tatiana Martinez.

Muitas vezes, tentar inocentar o aluno de qualquer ação impede que se tomem as medidas necessárias para correções importantes. E isso atrapalha a escola e prejudica a formação. “Há casos em que a superproteção é usada como compensação de outras omissões dos pais. Aí o mal é duplo: na omissão e na superproteção, ambos punindo a criança, provocando, inclusive, desvio de caráter”, diz Maria Edna Scorcia, diretora pedagógica do Colégio Joana D’arc, em São Paulo. E tem mais: intervir demais nas decisões escolares só demonstra desconfiança na instituição. Assim, será difícil exigir que a criança respeite a escola, já que seus pais não a respeitam.
Falta de acompanhamento
Há pais que acham que ao pagar uma boa instituição de ensino para os filhos não precisam dar mais atenção ao assunto, podendo cuidar de seus afazeres. “Este, sem dúvida, é o mais triste contexto familiar que a escola tem de lidar. Filhos de pais omissos geralmente têm problemas na aprendizagem, pois têm resistências no seu papel de estudante ao não encontrar na família orientação, cuidado, zelo e cobrança sobre o que compete a eles enquanto estudantes”, diz Marli da Costa Ramos Scatralhe.
Não são raros os os estudantes que são infelizes e têm sua formação comprometida. “É uma sensação de desamparo. Não são poucas as vezes que a escola ampara alunos cujos pais faltam às comemorações. As crianças, chorando, perguntam se sabíamos por que não compareceram à festa”, conta José Carlos Pomarico. E a desculpa é sempre igual: falta de tempo. “Como a divisão do tempo é uma questão política, ao educador fica sempre a impressão de desinteresse”, completa.


Subestimar a reunião
Chamar pais para uma conversa sobre a vida escolar do aluno é muito mais importante do que alguns imaginam. É nesse período da reunião que as diferentes visões que escola e família têm da criança são ajustadas para possibilitar que medidas corretivas sejam tomadas e aceitas com naturalidade.

Nesta hora, professores se apresentam aos pais como são e não como uma figura difícil, fruto dos relatos de alunos enraivecidos. “Não é um momento para tirar satisfações, mas, sim, para se informar sobre o desenvolvimento do filho e se orientar e descobrir como colaborar com esse desenvolvimento”, diz Maria Edna Scorcia.

Ao mesmo tempo, a oportunidade mostra para o filho o quanto o que acontece com ele na escola é importante. “Usar este horário para conversar com pessoas que olham, cuidam, formam e que são modelos, referências para a vida deles. Os alunos se sentem valorizados e estimulados ao perceberem que a escola e a família são parceiras e dividem as responsabilidades na sua formação”, diz Tatiana Martinez.


Fonte: http://estilo.uol.com.br/comportamento/ultimas-noticias/2011/11/19/pais-ausentes-ou-muito-presentes-na-escola-podem-prejudicar-estudos-das-criancas.htm. Acesso em: <22.11.2011>.

11 de jan. de 2016

Depressão dos pais pode influenciar problemas emocionais na criança

Um quarto dos filhos com pais depressivos sofrem com distúrbios comportamentais


Crianças com pais que possuem sintomas de depressão ou outra condição mental têm um risco maior de desenvolver problemas comportamentais ou emocionais, diz estudo da New York School of Medicine (EUA) e publicado no periódico Pediatrics.

A pesquisa analisou 21.993 crianças que moram com seus pais. Eles perceberam que, se a mãe tem sintomas depressivos, o risco de a criança ter problemas emocionais ou comportamentais é maior do que se o pai é afetado por esses mesmos sintomas.

Os pesquisadores descobriram que a taxa desses problemas nas crianças são:
- 25% se ambos os pais têm sintomas de depressão;
- 19% se apenas a mãe é afetada;
- 11% se apenas o pai é afetado;
- 6% se nenhum dos pais é afetado.

Para os estudiosos, pesquisas futuras são necessárias para identificar problemas mentais nos pais.

Dicas para você sair da depressão
Todos os dias podem parecer uma batalha quando você está deprimido. O tratamento médico e as terapias são os passos mais importantes a serem dados para a plena recuperação. Porém, existem coisas que você pode fazer que ajudam a se sentir melhor. Veja as dicas que a psicoterapeuta cognitivo comportamental Evelyn Vinocur dá para você se afastar de vez da depressão:

1) Reconheça os sinais precoces
É importante reconhecer e tratar a depressão o mais precoce quanto possível, o que diminuirá os riscos de você deprimir novamente. Se você fingir que o problema não está ocorrendo, provavelmente você se sentirá pior. Você precisa observar os tipos de eventos que contribuíram para a depressão no passado e ficar alerta aos sintomas precoces.

2) Estabeleça objetivos possíveis
Você pode se sentir esgotado pelas mínimas que fizer em casa ou no trabalho. Não seja durona com você. Lembre-se que a depressão é uma doença e que você não deve extrapolar além das suas possibilidades. Mantenha o foco em metas objetivas, pequenas, realísticas e alcançáveis e assim você vai facilitar a sua volta as rotinas em casa, com a família e no trabalho.

3) Faça o que gostar
Tire um tempo para fazer coisas que goste. Reúna-se com amigos. Caminhe. Vá ao cinema. Jogue um jogo que você já não joga há anos.

4) Não tome decisões importantes
Uma vez que a depressão pode distorcer a sua interpretação das coisas, é mais prudente não tomar nenhuma decisão importante nesse momento, como pedir demissão do emprego, ou se mudar, etc., até você melhorar da depressão.

5) Não beba
Apesar de você achar que o álcool pode fazê-lo se sentir melhor, o álcool pode piorar muito a sua depressão. Pessoas deprimidas estão em alto risco de se envolver em abuso de álcool ou de outras substâncias psicoativas e o álcool interage com os antidepressivos.

6) Faça exercícios
Existem cada vez mais evidências que o exercício ajuda na depressão leve ou moderada. Encontre uma atividade que você goste, comece devagar e repita três vezes na semana, por 20 a 30 minutos.


9 de nov. de 2015

O poder do carinho

Pesquisa relaciona a criação afetuosa com o desenvolvimento cerebral da criança Stock Photo/Divulgação
Pesquisa relaciona a criação afetuosa com o desenvolvimento cerebral da criança

O afeto dos pais traz benefícios fundamentais para o desenvolvimento da criança, tanto no campo social — aumentando sua capacidade de convívio —, quanto no âmbito emocional — levando à formação de uma personalidade terna e amorosa. A conclusão é de um estudo realizado pelo Departamento de Psiquiatria da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, segundo o qual os meninos e meninas criados com carinho familiar costumam apresentar um hipocampo (área cerebral relacionada ao aprendizado) quase 10% maior que as demais.

A pesquisa, realizada por psiquiatras e neurocientistas da universidade, revela, pela primeira vez, uma relação entre o impacto do carinho na infância, as especificidades psicológicas e sociais desenvolvidas posteriormente e o tamanho dessa região do cérebro.

Para chegar às conclusões, os pesquisadores analisaram imagens cerebrais de 92 crianças de sete a 10 anos que já haviam sido avaliadas previamente entre os três e os seis anos. Quando eram mais novas, o vínculo afetivo delas com os pais, principalmente com a mãe, foi observado em momentos considerados estressantes, como a espera para abrir um presente desejado. A capacidade dos pais em acalmar o filho nessas circunstâncias foi o parâmetro utilizado para definir se o menino ou menina tinha uma criação afetuosa, já que a situação simula situações de ansiedade.

— O estudo é muito objetivo. Não analisamos os pais que se consideravam carinhosos. Nós nos baseamos, sobretudo, no comportamento deles e na extensão de seu carinho em condições adversas — explica Joan L. Luby, chefe do Programa de Desenvolvimento Emocional na Primeira Idade da universidade e uma das principais condutoras da pesquisa, publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

Segundo ela, o carinho familiar auxilia também no combate ao estresse e à depressão. Joan ressalta ainda que o hipocampo pouco desenvolvido está relacionado à suscetibilidade da criança em desenvolver, principalmente na adolescência, problemas como o transtorno depressivo maior (TDM), que influencia o impacto e a abordagem terapêutica do transtorno de déficit de atenção e hiperativade (TDAH) em adultos.
AutoconfiançaPara a psicóloga Selma Afonso Nazaré, o toque de carinho, além de ser um ato "gostoso" em qualquer idade, estimula o corpo em diversos aspectos.

— Fisicamente, os sinais corporais, como a respiração, o sorriso e o olhar são beneficiados. Se levarmos em consideração o lado afetivo, a estabilidade emocional, a amabilidade, o humor, a autoconfiança e a serenidade são ressaltados durante a vida infantil. As crianças criadas em um ambiente carinhoso se desenvolvem psicossocialmente e se tornam mais saudáveis e interativas com os familiares e amigos da escola, estabelecendo vínculos afetivos em qualquer fase da vida — destaca.

A jornalista Sal Freire e o professor universitário Rodrigo Dantas, pais de João, 14 anos, lembram que a qualidade e quantidade dos carinhos trocados com o filho foi um dos elementos que proporcionaram a construção de um vínculo forte com ele. Desde que João era recém-nascido, a jornalista percebia sua capacidade de tranquilizá-lo em situações estressantes com um ato carinhoso.

— Hoje, ele já desenvolveu recursos próprios para superar momentos estressantes — completa.


12 de nov. de 2014

Com poucos minutos ou muitas horas livres, aproveite o dia a dia ao lado dos filhos

Trabalho, afazeres e preocupações do dia a dia ocupam muito mais tempo do que os adultos gostariam – e quem mais sofre são as crianças. Por isso, reavaliar as prioridades, organizar horários e aproveitar melhor os momentos em família são fundamentais para uma relação saudável entre pais e filhos.

“Educar exige tempo, sim. Não dá para fazer uma conta de quanto será necessário por dia. Podem ser cinco minutos bem bons ou duas horas, apesar de os dois casos não serem a mesma coisa. É preciso dedicação”, alerta a psicopedagoga Tânia Ramos Fortuna, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Sem regras de tempo
Dividir o tempo disponível em horas só para os filhos e outras para resolver problemas não é a atitude ideal. O melhor mesmo é compartilhar todos os momentos possíveis. “Cronometrar horários de convivência pode ser um desastre. A conversa deve fluir naturalmente, assim como o convívio, e é fundamental para que vocês possam se entender”, diz a psicóloga Cynthia Boscovich.

Não tem outra opção: para conhecer os filhos, é preciso participar de suas vidas. E isso pode ser feito de várias formas – até durante as brincadeiras. “As crianças percebem quando os pais não estão envolvidos com elas. Ouvi-las e prestar atenção às suas necessidades é sempre muito importante”, comenta Cynthia.

De fato, saber ouvir realmente as dúvidas e alegrias é importante para um relacionamento bem sucedido com os filhos. “Os pais devem buscar o equilíbrio sempre. Descansar de suas atividades rotineiras para dar atenção de qualidade aos pequenos; esquecer um pouco os horários, a agenda e a ansiedade, que consome um tempo precioso”, explica a psicopedagoga e psicanalista infantil Deborah Cristina Ramos, do Instituto Brasiliense de Medicina.

Já que não dá para dividir o tempo, o melhor é incluir as crianças em atividades do dia a dia, como fazer compras no supermercado. “Estarem próximos e passarem juntos por momentos agradáveis fará com que, ao crescerem, os filhos tenham os pais também como amigos e companheiros, pois desde a infância existe um vínculo de confiança. Eles saberão que podem contar e compartilhar suas vidas”, diz a psicóloga e psicopedagoga Maria Cecília Galelo Nascimento, professora da Universidade Paulista (Unip).

12 de fev. de 2014

Pesquisa afirma que filhos únicos são mais felizes

Pesquisa afirma que filhos únicos são mais felizes

Um estudo feito pela Universidade de Essex, na Grã-Bretanha, avaliou mais de 100 mil pessoas em 40 mil lares e revelou que filhos únicos são mais felizes. Fatores como disputa de atenção dos pais e bullyng entre irmãos podem ser fatores que influenciam neste resultado.

Segundo a coordenadora da pesquisa, Gundi Knies, as principais razões para chegar a esse resultado é que o filho único não precisa lutar pela atenção dos pais, não sofre bullying dos irmãos mais velhos, nem recebe apelidos maldosos, fora o investimento dos pais nele que é total.

A pesquisa descobriu que 31 % das crianças afirmam que são atingidas, chutadas ou empurradas por um irmão ou irmã. Outros se queixam de terem pertences roubados por irmãos e serem chamado de nomes ofensivos.

O Instituto de Pesquisa Social e Econômica da Universidade de Essex, analisou 2500 questionários e apontou fatores como competição pela atenção dos pais ou o fato de que os brinquedos, doces ou espaço precisam ser compartilhados poderiam ser os culpados pela infelicidade maior dos irmãos.

O pofessor Dieter Wolke, da Universidade de Warwick, realizou trabalho sobre as tensões entre irmãos e irmãs e afirma que 54% dos irmãos estavam envolvidos em bullying de uma forma ou de outra. Embora não haja também uma evidência que aponta o apoio entre irmãos, ele alertou que as crianças que enfrentaram o assédio moral, tanto em casa como no playground foram particularmente vulneráveis a problemas de comportamento e infelicidade.


3 de set. de 2012

Ajuda doméstica

 
 
Regar plantas, tirar copos e pratos de plástico da mesa e até dobrar roupas são tarefas que seu filho já pode desempenhar para ajudar na rotina doméstica. Seja menina ou menino, o sentimento de família também passa pela ajuda mútua.

Por isso, tente implementar um pequeno mutirão em sua casa. Não é só você que vai adorar. Seus filhos também, pois pode virar uma grande diversão. O primeiro passo é entender que a ajuda não virá espontaneamente do seu filho. É preciso incentivá-lo, delegando pequenas tarefas para que crie o hábito de participar.

Dar afazeres para a criança pode ser um demonstrativo de que o mundo não existe só para servi-la. Dessa forma, ela entende que pertence a um grupo, a uma família na qual tem um papel a exercer.

Vá com calma nos pedidos, deixe para pedir para lavar banheiro, a louça e a roupa quando ela for adolescente. As tarefas têm de estar em acordo com as possibilidades da criança. Além disso, é comum elas se esquecerem de suas incumbências, como a de dobrar as roupas todos os dias. A paciência é a chave para o sucesso dessa empreitada. Lembre-a quantas vezes forem necessárias (isso significa anos a fio). Só assim a atividade terá a chance de se tornar um hábito.

Como seu filho pode participar em cada idade:

– Dos 3 aos 4 anos: trocar a água do cachorro, regar as plantas, tirar copos e pratos de plástico da mesa, lavar e secar a louça, descascar um ovo cozido, passar um pano nos móveis para tirar o pó, dobrar roupa.

– Dos 5 aos 6 anos: organizar uma gaveta, montar a mochila da escola, fazer pequenas incursões na cpzinha, como enrolar um brigadeiro, recolher o lixo do banheiro, buscar um copo de água, passar manteiga no pão, arrumar a mesa para uma refeição.

– Dos 7 aos 8 anos: arrumar a cama, preparar um lanche, arrumar um armário, varrer o chão.
 
 
 
Fonte: Boletim Online Crescer

3 de ago. de 2012

Cinco frases que você NÃO deve dizer ao seu filho

ThinkStock

Você certamente sabe que o primeiro contato de uma criança com o mundo acontece dentro da família e que os adultos, portanto, têm um papel fundamental na formação da personalidade e identidade social de uma criança. Por isso, tanto os seus atos quanto aquilo que você diz para o seu filho têm grande importância – e podem ter um impacto positivo ou negativo sobre ele.

Segundo a professora de psicologia da faculdade Pequeno Príncipe (PR), ligada ao hospital de mesmo nome, Mariel Bautzel, toda a estrutura psíquica e social de uma pessoa é formada na primeira infância. “Não é raro vermos adultos que não sabem lidar com os próprios sentimentos ou que desconfiam muito do outro”, explica a especialista. Para ela, a causa pode estar lá atrás, na infância.

Pensando nisso, com a ajuda de Mariel e também da psicoterapeuta do Hospital Infantil Sabará (SP), Germana Savoy, listamos cinco frases que você NÃO deve dizer ao seu filho.


“Para de chorar”

A clássica frase inibe a expressão do sentimento da criança, sendo que o ideal é que você a ensine a lidar com as próprias emoções. “Sempre aconselho que os pais mostrem uma alternativa para o filho. Uma boa saída é pedir que eles mantenham a calma no momento do choro”, diz Germana.


“Volte já para a sua cama, isso é só um sonho”

Até os 5 ou 6 anos, as crianças não sabem diferenciar com precisão o mundo real do mundo dos sonhos, por isso elas não entendem bem quando você disser que aquilo que vivenciaram não é real. O melhor é acalentar o seu filho, dizer que o medo logo vai passar e colocá-lo para dormir na cama dele novamente.


“Essa injeção não vai doer”

Mentir para o seu filho faz com que a relação de confiança entre vocês seja quebrada. Fale sempre a verdade. Além da dor da injeção, ele também vai ficar magoado por ter sido enganado. Diga que é só uma picadinha, e que será para que ele tenha cada vez mais saúde para brincar.


“Você não aprende nada direito”

Crianças que têm uma referência negativa de si mesmas obviamente ficam com a autoestima prejudicada, explica Germana. E, como elas ainda possuem um mecanismo de defesa pouco desenvolvido, tudo o que um adulto disser terá um impacto enorme. Dizer que elas são burras, ou que nunca vão aprender matemática, por exemplo, pode fazer com que realmente acreditem que têm essas fraquezas.


"Se você não me obedecer, eu vou embora"

A criança tem de aprender a respeitar os pais pela autoridade - e não por medo de perdê-los ou, pior ainda, de ser maltratada. Ameaças e chantagens estão fora de cogitação.

Claro que, às vezes, os pais acabam falando coisas que não gostariam... Se isso acontecer, não se culpe. O jeito é recuperar a calma e conversar com a criança, explicando que agiu de forma errada.


Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI249042-15546,00-FRASES+QUE+VOCE+NAO+DEVE+DIZER+AO+SEU+FILHO.html

1 de ago. de 2012

Já brincou com seu filho hoje?

Ficamos tão ocupadas e atarantadas com nossos bebês, que eles passam por fases, crescem, e quando paramos para pensar, nos damos conta de que damos pouquíssimo tempo para que brinquem conosco, e compartilhem mais que cuidados com alimentação, fraldas, consultas médicas…

Brincar também é cuidar.
Brincar pode alimentar a alma e o espírito.
Muitas pessoas acreditam que fazem o melhor pelos seus, e quando a criança demonstra irritação, agitação, certa rebeldia, já vem o pensamento de qual remédio pode ser melhor, se está se tornando hiperativo, se não é hora de uma escolinha para que seja educado por terceiros, e que esses terceiros dêem conta do que não consegue superar em seus lares.
Muitas mães acreditam que a simples presença ao lado do bebê já é suficiente para que fiquem satisfeitos.

Chega a hora da brincadeira, mas o tempo escasso delega a TV momentos prazeroso e cosntrutivos, que podem transformar toda uma vida.


Fonte:http://alimentosaudeinfantil.wordpress.com/2008/05/28/ja-brincou-com-seu-filho-hoje

29 de jun. de 2012

Seis valores importantes para ensinar às crianças desde cedo

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Não é segredo para ninguém: educar uma criança é difícil. Requer persistência e dedicação dos pais, principalmente para ensinar valores importantes para o futuro dos pequenos, como amor próprio, autocontrole, respeito ao próximo e honestidade. O aprendizado não acontece da noite para o dia, e sim ao longo da vida, segundo a pedagoga Isabel Parolin, de Curitiba. Daí a importância de persistir nas mensagens que deseja transmitir e repetir mil vezes cada não, por mais difícil que seja.

“A família tem um papel extremamente importante na formação do indivíduo, mas há influências de outras pessoas, como professores, avós, babás... E elas podem ser positivas ou negativas”, explica a educadora Claudia Coelho Hardagh, de São Paulo. Veja, então, a descrição de cada valor e como ensiná-los aos pequenos desde cedo:


1. Amor próprio

Amor próprio pode ser identificado como sentimento de autopreservação, que impede que as pessoas se envolvam em situações de perigo que possam ameaçar o equilíbrio emocional delas. Nas crianças, é algo mais sutil, tem a ver com a construção da autoestima e na confiança da própria capacidade para enfrentar diferentes situações.

Na prática: Tudo isso é adquirido por meio de elogios e incentivos para enfrentar as dificuldades. E, perante alguma situação em que a criança agiu de forma errada, é importante criticar o comportamento dela, pontualmente, e não sua personalidade, de forma geral. “O mesmo vale para os elogios: tanto a falta quanto o excesso só atrapalham”, diz Isabel.


2. Autocontrole

É a capacidade de controlar, racionalmente, as reações ligadas a emoções, afetos e sentimentos. É por meio do autocontrole que a criança descobre seus limites, elege prioridades e traça suas metas e seus objetivos.

Na prática: Ensiná-las a ter autocontrole, porém, não é fácil. Você precisará enfrentar a fase da birra, persistindo com sua opinião e forma de educar. Se a criança agir errado e fizer manha, converse, mostre em que ela errou e coloque-a para pensar. Exija que ela peça desculpas, mas que entenda o motivo de ter que se desculpar. Tenha em mente que bater não resolve em nada o problema, ok?


3. Escolha

Desde bem cedo, é importante mostrar para a criança que ela não pode ter tudo o que quer e, por esse motivo, deve praticar o exercício da escolha, seja em relação a suas vontades, seja no que se refere a objetos, brinquedos etc. “Ensine ao pequeno que uma escolha é sempre, também, uma perda: ‘Lembra que você escolheu isso? Então é isso que você terá’”, sugere Isabel. O exercício de escolhas está ligado ao de autocontrole. Se a criança chorar, fizer birras, será preciso acalmá-la para explicar os prós e os contras de sua decisão.

Na prática: É muito comum, na fase de 3 a 4 anos, a criança ter dificuldade de dividir seus brinquedos e não emprestar para seus amigos. Essa é a oportunidade para mostrar que ela pode escolher dividir suas coisas ou ficar sozinha, sem amigos. “Explique que fazer acordos é algo admirado pelas pessoas e que vale a pena”, diz Claudia.


4. Honestidade

Não há uma definição única para a honestidade. É um valor ético, fundamental para o convívio social. Ensinar à criança o que é honestidade leva tempo e depende de suas próprias atitudes, exemplos e conversas.

Na prática: É comum crianças pegarem objetos, brinquedos dos coleguinhas da escola e levarem para casa. “Isso ocorre porque não há entendimento de propriedade, até porque, na escola ou no clube, brincam com tudo sem perceber que os objetos pertencem a alguém”, explica Claudia. Cabe aos pais mostrar que aquilo não é da criança, fazerem com que ela perceba o erro e devolva o objeto, pedindo desculpas. Esse processo deve ser educacional, e não um castigo causador de brigas. “Se a atitude persistir, a conversa pode ser mais rígida”, orienta Claudia.


5. Jogo de cintura

O jogo de cintura nada mais é do que ter flexibilidade, ou seja, capacidade de driblar situações de conflito. Para as crianças, é preciso ensinar seu significado desde cedo para que aprendam que suas vontades não serão sempre atendidas, mas que, ainda assim, terão escolhas e devem agir educadamente.

Na prática: Você não conseguirá ensinar seu filho a ter jogo de cintura se perde a paciência a cada problema que aparece. Seu exemplo o fará compreender como ele deve agir quando acontece algo que não o agrada, por isso, não seja tão rígida em seus pontos de vista. No convívio familiar, é importante ter (e mostrar) tolerância. “Brigas constantes, gritos e agressões verbais demonstram a falta de jogo de cintura”, avisa Claudia.

Outro exercício, segundo Isabel, é contar para a criança um erro que você cometeu e o que você fez para remediá-lo. “Eu errei o nosso omelete. Agora a mamãe vai fazer o seguinte, vamos transformar isso em uma farofa”, exemplifica.


6. Respeito

Respeito com os mais velhos, com os “diferentes”, com os animais, com a vida... Ensinar a criança a respeitar os outros é a regra quando se fala em educação infantil.

Na prática: Não há um jeito específico para ensinar o que é respeito. O primeiro passo é respeitar também, permitir que a criança aprenda assistindo a seu exemplo. Depois, é preciso ouvir as queixas dos professores e educadores da escolinha e nunca não ignorá-las. Falar mal das pessoas na frente das crianças também prejudica o ensinamento. Por fim, é importante chamar a atenção da criança ao vê-la desrespeitando outras pessoas, os animais e também o meio ambiente.


Idade certa

Os valores acima podem parecer um pouco complicados, mas devem ser transmitidos, principalmente, por meio de suas atitudes (dando o exemplo) desde o nascimento das crianças:

 - Até os 2 anos de idade, a criança constrói e elabora conhecimentos sobre a realidade.

- A partir dos 4 anos, ela sai do simbólico e vai para o intuitivo. Nessa fase, já troca experiências com outras pessoas.

- Após os 7 anos, ela já é capaz de estabelecer compromissos, compreende as regras e já consegue ser fiel a elas.


A vovó e a mamãe

Muitas vezes, a visão que a criança tem sobre o papel da avó e o da mãe fica conturbada exatamente porque a avó tende a tomar conta dos pequenos nos primeiros anos de vida, quando a mamãe volta a trabalhar. É preciso ter em mente que a avó não deve fazer o papel de mãe, mas também não se esqueça de que ela é mãe e tem experiência.

Por isso, é importante conversar com os avós sobre a forma como você quer educar seu filho. Deixe claro que a criança precisa deles tanto quanto precisa de você e aceite opiniões. Ainda assim, se a dinâmica não funcionar, vale adaptar seus horários para cuidar da criança ou até procurar creches e escolas que possuem os mesmos valores que você. Dessa maneira, você permite que a avó possa ser avó. “Nada mais gostoso do que a vovó ir buscar a criança na escola, levá-la para jantar e depois entregá-la para os pais”, conta Isabel.