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20 de fev. de 2024

A (re)adaptação escolar pós-Carnaval

No final de janeiro, quando as aulas começaram, seu filho e você deram início à adaptação escolar. Ele chorava muito toda vez que vocês saíam para a escola, ainda não tinha se adaptado aos horários, não gostava da professora nem dos amigos e você, é claro, ficava de coração partido.

adaptação escolar (Foto: Thinkstock)

E quando tudo parecia finalmente estar entrando nos eixos veio o (longo) feriado de Carnaval. Quatro dias de folia depois, chegou a hora de retomar a rotina da escola e o sentimento é de que seu filho (e você também) retornou à estaca zero. Sim, pode não ser só impressão: essas pequenas férias no início da volta às aulas podem atrapalhar bastante.  “A interrupção do processo de adaptação pode sofrer regressão, principalmente se a criança já havia vencido alguma dificuldade, pois os vínculos criados dentro da escola ainda eram tênues”, explica a psicopedagoga Quézia Bombonatto, diretora da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Em outras palavras, se o seu filho não estava ainda tão acostumado à professora, aos novos amigos e ao próprio ambiente, bastaram apenas alguns dias de descanso em família para que esses laços que o seu pequeno estava começando a tecer se desfizessem.
Mas nada de desespero. Agora (como sempre!), é momento de lançar mão de uma boa dose de paciência para recomeçar o processo. É preciso retomar a rotina voltando aos horários no período escolar (tanto de acordar, como das refeições, de ir dormir e de fazer as lições), conversar novamente com a criança sobre a escola (tirando todas as dúvidas dela) e talvez até acompanhá-la nesses primeiros dias. O que não vale é tentar retardar esse processo.
Confira abaixo algumas dicas para colocar em prática na véspera da volta às aulas que podem ajudar nesse processo:Muitos pais acabam cedendo aos apelos dos filhos e deixam que a volta às aulas seja postergada para a segunda-feira da próxima semana. “Algumas famílias minimizam a importância do período de reinício das aulas, alegando que os professores fazem revisão do conteúdo do ano anterior e, portanto, o filho não vai ‘perder’ matéria nova”, explica Quézia. Só que essa atitude não colabora com o processo de readaptação à escola. Isso porque a questão principal não é o seu filho assimilar o conteúdo em si, mas retomar o ritmo e, acima de tudo, testemunhar qual é a postura dos pais em relação ao comprometimento com a escola. “Os pais devem sempre mostrar a importância que dão à vida escolar da criança, comprometendo-se com o calendário da escolar”, explica a psicopedagoga. Se nem você levar as aulas a sério, seu filho pode achar que, afinal, a escola talvez nem seja assim tão importante...
- Coloque a criança para dormir mais cedo – nada de ficar acordado até altas horas como no feriado inteiro;
- Não estimule atividades que deixem a criança extremamente casada – não adianta chegar de viagem de madrugada e querer que a criança esteja disposta para ir à escola logo cedo;
- Peça ajuda do seu filho para arrumar o material e o uniforme. Assim, ele começa a se envolver novamente nos preparativos para a escola;
- Seja carinhoso, mas firme. Ir à escola não é negociável, mas com certeza vai trazer um mundo de novas experiências tanto para você quanto para o seu filho.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Familia/Rotina/noticia/2015/02/readaptacao-escolar-pos-carnaval.html

20 de jan. de 2020

Pais, vocês estão preparados para seu filho entrar na escola?

Não pense que só a criança tem de se adaptar ao início da vida escolar. Os pais também precisam de um tempo para assimilar essa nova etapa


Manoel Marques / Produção Cinthia Pergola


Confie na escola
Parece óbvio, mas nem sempre acontece. É o primeiro passo para que a criança também se sinta segura no novo local. “É como se a mãe autorizasse alguém a cuidar do filho dela, e é nessa autorização que o processo de adaptação da família começa a dar certo”, afirma Liamara Montagner, coordenadora de educação infantil. Para que haja confiança, por sua vez, é importante que a escolha da escola tenha sido bem trabalhada. Quando é indicação de amigos ou familiares, fica fácil. Para quem não tem tais referências, esse vínculo se estabelece na medida em que os pais conhecem e se identificam com os princípios que norteiam o projeto pedagógico e a concepção de aprendizagem. E, naturalmente, precisam acreditar nesses valores éticos e morais estabelecidos pela escola.


Converse sempre com a equipe pedagógica
Não só as crianças, mas também os pais têm de ser assistidos no processo de adaptação. Esclarecendo dúvidas e conversando sobre eventuais incômodos, angústias e insatisfações com coordenadores e professores, os pais adquirem intimidade com a escola e se sentem mais confortáveis em relação a ela.

Aproveite a troca entre pais
O processo de adaptação é uma oportunidade de os pais se conhecerem, interagirem e compartilharem sentimentos. Nas conversas, descobrem que as crianças são muito semelhantes entre si e que eles, por sua vez, estão passando pelas mesmas angústias. Ao mesmo tempo, vão criando um vínculo no ambiente escolar. “Mães e pais que têm filhos mais velhos na escola exercem um papel importante nessa hora, pois passam segurança para os que estão sendo recebidos pela primeira vez”, diz a psicopedagoga Edimara de Lima, diretora de escola.

Lembre-se de que conquistas requerem esforços
“Existe uma tendência de os pais quererem superproteger os filhos, evitando ao máximo que sofram. Mas é importante lembrar que o ingresso na escola e as primeiras separações da mãe ou de casa fazem parte do processo de crescimento da criança”, afirma Paula Bacchi, orientadora de escola infantil. Ela acrescenta que os pais devem ter em mente que certas conquistas vêm acompanhadas de dificuldades. Representam também um amadurecimento da criança, e a escola é um excelente ambiente para isso acontecer.

Atente para o tom da separação
Despedidas dramáticas, duradouras e carregadas de emoção são um prato cheio para dificultar a entrada das crianças na escola. Independentemente do comportamento delas, os pais devem procurar dar um tom leve e até mesmo prático às despedidas. Duro, né? Mas é fundamental para que a criança perceba que não existe a opção de um choro segurar o pai ou a mãe na escola por mais tempo.

Preserve a rotina da criança em casa
Não é hora de mudanças de cama, de quarto, retirada de fraldas, chupeta, mamadeira e coisas do gênero.

Adapte-se aos horários e tenha assiduidade
“Nos primeiros dias, a pontualidade na hora de buscar é crucial. Um atraso pode deixar a criança insegura, com medo de que a mãe não volte, e dificultar a despedida e a permanência nos dias seguintes”, diz Edimara de Lima, diretora pedagógica. Mesma pontualidade no início do dia também para que a criança inicie as atividades com o grupo. Evite faltas, para que a criança se insira logo na rotina escolar.

Tenha cuidado com o que diz – e com o que não diz
Algumas armações, por mais inofensivas que possam parecer, costumam atrapalhar significativamente o processo de adaptação da criança. Na despedida, por exemplo, frases como “você vai ficar bem, não é?” ou “você não vai chorar, vai?” acabam sugerindo à criança que tenha comportamentos desse tipo. Criar expectativas exageradas, dizendo à criança que ela vai adorar, que a escola é maravilhosa, que as professoras são fantásticas etc., também pode ser prejudicial, pois pode gerar decepções para o pequeno. Por fim, nunca minta para seu filho (dizendo que vai para um lugar caso vá para outro) e, por mais que ele esteja brincando bem e tranqüilo, nunca vá embora sem se despedir. Isso quebra a relação de confiança com a mãe e pode gerar na criança o medo de ser abandonada naquele lugar estranho.

Choros são normais
O choro não significa que a criança não está gostando da escola. É uma maneira de ela dizer que é difícil se despedir da mãe. Paula Bacchi, diretora de colégio, acrescenta que é comum esse choro terminar assim que as mães viram as costas. Se o lamento se prolongar, vale investigar, claro. Ah, sim, tem muita mãe que também não agüenta as lágrimas. Mas tem de, pelo menos, não deixar a criança ver.

Não demonstre ter dúvidas
Comentários negativos em relação à escola nunca devem ser feitos diante delas. Se a criança perceber a insegurança da mãe, pode tomar o sentimento para si ou ainda se aproveitar da situação e recorrer a chantagens emocionais.

Tenha paciência
A maioria das crianças leva uma ou duas semanas para se adaptar à escola. Há algumas que levam dias e outras, meses. Isso não quer dizer que as de adaptação mais lenta vão gostar menos da escola. Significa apenas que precisam de um pouco mais de tempo. Resta respeitar o ritmo da criança.

Afaste-se por um tempo dos relacionamentos antigos
No caso de crianças que estão mudando de escola, convém, durante o período de adaptação, não incentivar o contato freqüente com amigos da escola antiga. Depois de a adaptação estar bem sucedida, o contato pode voltar a ser como era, mas, no início, é bom dar a chance para o pequeno receber o novo ambiente com certo afastamento da vivência anterior.

Sem culpas ou cobranças
Especialmente entre mães que colocam as crianças cedo na escola por motivos profissionais, a culpa é muito comum. “Mãe trabalhando em período integral é a realidade de muitas famílias, e a criança terá de conviver com isso. Não é um mal, mas um componente da família, que gera satisfação pessoal para a mãe ou, no mínimo, um aumento da renda familiar”, diz a psicopedagoga Edimara de Lima. Por isso, não é caso de se cobrar em relação às dificuldades próprias ou dos filhos.

Respeite as orientações
“É fundamental que os acompanhantes das crianças na adaptação atendam às solicitações passadas pelas professoras e pela coordenação da escola”, diz Liamara Montagner. E nos detalhes. Respeite a experiência da equipe no assunto.

Está tudo bem. Mas acabou?
Um belo dia, a criança chega feliz à escola, despede-se dos pais, fica bem durante todo o período e volta para casa lembrando as coisas boas vividas no dia. A adaptação está concluída? Talvez. É possível que seu filho, que ficou ótimo na primeira semana de aulas, apresente dificuldades na semana seguinte. Outra criança pode apresentar problemas dali a 15 dias ou um mês. Segundas-feiras, voltas de feriados e especialmente de férias também são momentos delicados, em que choros e reclamações nas despedidas podem voltar a aparecer. O importante, então, é os pais, como sempre, conversarem com a escola, que vai atentar também para eventuais jogos emocionais feitos pela criança. Satisfeitos com a escola escolhida, acreditem que é o lugar onde tudo acontece pelo bom desenvolvimento e bem-estar da criança.


10 de abr. de 2019

Tchau, bicos!

Alimentar e confortar o bebê são os motivos pelos quais os pais lançam mão de dois acessórios que são alvo de muita polêmica. Estamos falando sobre as mamadeiras e as chupetas, que entre o primeiro e segundo ano de vida devem ser banidas do dia-a-dia da criança. Tratam-se de grandes desafios, mas os especialistas afirmam que os dois acessórios nessa fase da vida da criança já cumpriram o seu “papel” e, portanto, seu uso deve ser abolido.


Como o trabalho pode ser grande, anote algumas dicas que podem ajudar:

– Para largar a mamadeira: comece a oferecer os líquidos em copos coloridos, desses que têm canudo e não derramam. Ofereça alimentos que não precisam de mamadeira, pois a partir dos 2 anos o uso dela pode começar a danificar o desenvolvimento da arcada dentária. Gritos e violência não funcionam com a grande parte da população, que dirá com uma minúscula criança de 1 ano e meio. Prefira sempre negociar (com essa minúscula criança de 1 ano e meio, e não subestime a capacidade de entendimento de quem tem um metro de altura). Por fim, diga a seu filho que ele já está grande e que deve entregar a mamadeira. Mas, se nada disso adiantar, simplesmente tire. Resista aos berros. Vale a pena, pois a mamadeira pode, por exemplo, causar cárie quando usada à noite e deformar a arcada dentária. Logo, não faz bem;

– Para deixar a chupeta: uma técnica interessante é cortar a pontinha do bico por dias seguidos. A chupeta deixará de ser gostosa e a criança tende a abandoná-la. Guarde a chupeta dentro de potes na geladeira para não ficar à mostra. Ela acaba sendo esquecida, e o uso costuma diminuir. Jogue os prendedores de chupeta fora, e evite dar o bico sempre que a criança chorar. E o mais importante: deseje mesmo que seu filho pare de usá-la. Nunca diga que ele não consegue. Negativismo dificulta o processo.


Fonte: Boletim Online CRESCER. Acesso em: <21.03.12>.

17 de jan. de 2018

Escola: uma decisão importante

Decidida a matricular seu filho na escola? Então, mãos à obra! O futuro começa agora e já é hora de decidir onde ele vai estudar. A questão é da maior importância e passa por uma série de aspectos, que a Revista CRESCER pesquisou cuidadosamente e lhe trouxe para facilitar a sua vida nessa difícil escolha.

A seleção deve começar pela linha pedagógica: você vai priorizar uma formação humanista em que se preza a criação de um ser crítico ou optar por uma linha mais pragmática, em que o foco é o conteúdo voltado para o vestibular e o êxito profissional? Para conhecer cada uma das linhas existentes, questione nas escolas que visitar todas as suas curiosidades a respeito.

A seguir, verifique se o corpo docente é composto por profissionais especializados. A partir daí, procure conhecer alguns aspectos que são fundamentais para que seu filho comece da melhor forma possível uma relação que pode durar a vida toda:

– As portas têm de estar abertas aos pais: você tem o direito de falar com a diretora, a coordenadora, a professora e quem mais lhe interessar.
– O projeto pedagógico tem de ser claro: eles são os princípios que vão nortear todas as práticas na escola.
– Os professores têm de ser estimulados a ter uma formação contínua.
– O discurso da instituição não pode ser vazio, como “a escola prioriza a autonomia”.
– A brincadeira tem de ser dirigida. O espaço deve garantir a autonomia da criança na sala.
– O método de aprendizado tem de ser do seu gosto: lição de casa, materiais utilizados, trabalhos por temas, incentivo à leitura etc.
– Como são trabalhados os direitos e os deveres? E os limites?
– O espaço físico tem de ser iluminado, gostoso. Não pode ser apenas um quintal adaptado.
– O lanche oferecido por eles deve ser saudável, bem cuidado. Convém checar as instalações da cantina.
– A rotina escolar deve propor horários para se fazerem as coisas e demonstrar organização e bom aproveitamento do tempo.
– Os valores da escola têm de combinar com os seus.


Fonte: Boletim CRESCER Online. Acesso em: <14.02.2012>