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9 de dez. de 2015

Os 6 erros mais comuns na hora de alimentar seu filho

Seu filho não come direito? É hora de rever os costumes na sua casa





Preparar a refeição com todo o carinho, chamar o filho para comer, mantê-lo sentado à mesa com os demais para fazer uma refeição em família. Parece fácil, mas, na prática, a hora de comer pode se transformar em uma batalha. Para vencer essa luta, pais e mães acabam lançando mão de alguns artifícios que até parecem resolver no momento, mas se tornam um problema no futuro. 

Veja quais são as situações em que os pais mais se atrapalham na hora de alimentar os filhos e confira as melhores estratégias para contornar cada problema: 


1 - Pressionar os filhos a comer mais 
Um estudo realizado pela Universidade de Stanford com 62 famílias, que tinham filhos de 2 a 4 anos com alto risco de obesidade, revelou que diminuir a pressão na hora de comer reduz também o risco de obesidade entre as crianças. A nutricionista Maria Emília Suplicy, do Hospital Pequeno Príncipe (PR), explica. "Quando a criança é forçada a ‘limpar o prato’, acaba perdendo o senso de saciedade." 

O QUE FAZER: Comer bem não é comer muito. Ofereça uma quantidade moderada de alimentos ao seu filho para que ele se acostume a comer até ficar satisfeito, e não estufado. Se ainda estiver com fome, vai pedir mais - para a sua alegria! 


2 – Inventar apelidos ou camuflar vegetais 
Pesquisadores da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, analisaram o comportamento de 147 estudantes, de 8 a 11 anos, durante o recreio em diferentes escolas americanas. E constataram que crianças comiam mais alimentos saudáveis quando o nome real deles era substituído por apelidos mais instigantes, como ‘pequenas árvores saborosas’, em vez de brócolis. Essa é uma prática comum, assim como camuflar vegetais que não agradam as crianças no meio da comida. Essas táticas podem até ser eficientes a curto prazo, mas são prejudiciais. À medida em que a criança cresce, ficará mais difícil driblá-la, e ela passará a se negar a comer os alimentos. 

O QUE FAZER: Converse com as crianças sobre os benefícios reais trazidos por alimentos saudáveis. Não é preciso dizer que a cenoura fará com que seu filho tenha visão de raio-X, por exemplo, basta falar que ela faz bem à visão, a pele, entre outras coisas. Quanto mais cedo começar essa conversa, mais fácil será convencê-lo. 


3- Mandar as crianças para fora da cozinha enquanto você prepara a refeição 
Fogo, faca, forno. A cozinha é mesmo o cômodo mais perigoso da casa. Mas especialistas afirmam que cozinhar junto com o filho pode ajudar a mudar os hábitos alimentares dele e até estimulá-lo a consumir mais verduras e legumes. 

O QUE FAZER: Sempre com você por perto, seu filho pode, sim, brincar com massas, lavar uma fruta e ajudar a misturar ingredientes, por exemplo. E mesmo no cadeirão, ele pode observar você no preparo das refeições. Assim, entre um prato e outro, vai conhecer os legumes e se interessar por eles. Levá-lo à feira ou ao supermercado e permitir que ele escolha alimentos também é uma boa forma de incentivá-lo a ter uma alimentação saudável. 


4 - Deixar as guloseimas longe das crianças e oferecê-las como recompensa
Onde você guarda as guloseimas na sua casa? Esse lugar pode fazer toda a diferença. Você sabe bem que criança adora tudo que é proibido e também gosta de brincar de caça ao tesouro, então, esconder doces e guloseimas pode ser um estímulo. 

O QUE FAZER: Para evitar que seu filho coma guloseimas sem parar, crie regras de consumo, diga a ele quando e em que situações poderá comer. Isso fica mais fácil quando a criança ainda é pequena, porque ela se acostumará. Mas, se seu filho já é maior, deixe os doces para os fins de semana. Se ele pedir mesmo assim, seja forte e diga não. Também não vale oferecer como recompensa em troca de um ‘prato limpo’: isso pode fazer com que a criança encare a comida como vilã. 


5 - Oferecer verduras e legumes sem graça 
Se tem uma coisa com a qual todo mundo concorda é que ensopadinho de chuchu não é um prato que se possa chamar de tentador. Mas dá para deixar as verduras e legumes um pouco mais atrativos, sim!

O QUE FAZER: O trabalho começa já na hora da compra. Vegetais frescos têm aparência melhor. Cuidado para não deixar aqueles que precisam ser preparados no vapor passar do ponto, desligando o fogo quando eles ainda estão crocantes. E não é preciso decorar cuidadosamente o prato, com carinhas, por exemplo, todos os dias. Como isso também é uma forma de camuflar os alimentos, use a tática com moderação (em dias especiais, por exemplo). Cortar em cubinhos ou em rodelas já é suficiente.


6 - Desistir rápido demais ao oferecer um novo alimento 
Pense no milho. Ele pode ser apresentado em diferentes formas: na salada, cozido, refogado, como bolinho, creme, suco e até bolo. Este é o exemplo que você precisa seguir em casa antes de dizer que seu filho não gosta mesmo de determinado alimento. 

O QUE FAZER: Os pediatras aconselham a oferecer o mesmo alimento, pelo menos, de sete jeitos diferentes e várias vezes. Não é um exagero. A criança pode não comer no primeiro dia, mas aos poucos, a forma de apresentação ou a curiosidade vai levá-la a experimentar e ele pode gostar. Mas, se depois de todas as tentativas ela continuar se recusando a comer, aí sim, você pode dizer que ela não gosta. 


Fontes: Harriet Worobey, nutricionista e professora da Universidade Rutgers, nos Estados Unidos, e Maria Emília Suplicy, nutricionista do Hospital Pequeno Príncipe (PR) -  http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,ERT320248-15149,00.html

24 de jul. de 2013

Papinha feita em casa ajuda a prevenir alergias alimentares em bebês

Rúcula, cenoura, batata, mandioca, chuchu, alface, mamão, banana, maçã, pera... A variedade de frutas, legumes e verduras que o nosso país oferece é enorme. E uma pesquisa acaba de mostrar que aproveitar essa abundância na alimentação do seu bebê pode ajudar a prevenir alergias alimentares no futuro.

Cientistas da Universidade de Southampton, no Reino Unido, analisaram o diário alimentar de 1.140 bebês e perceberam que aqueles que tiveram uma dieta rica em alimentos naturais, preparados em casa, tiveram menos chance de desenvolver alergias alimentares até os 2 anos do que aqueles que comiam produtos industrializados.

Um dos motivos, segundo a nutricionista Kate Grimshaw, que coordenou o estudo, é a presença de vitamina C, betacaroteno, folato e oligossacarídeos nos alimentos frescos, como brócolis, espinafre, cenoura, rúcula, batata, mandioca, abóbora, manga, mamão, beterraba. Esses nutrientes aumentam a imunidade do organismo enquanto os alimentos industrializados, cheios de aditivos, podem sensibilizar as crianças.
 
 
 
Papinha perfeita

Na hora de preparar a papinha do seu filho, é sempre melhor que ela seja feita na hora e oferecida ainda fresquinha, como mostrou o estudo. Mas, se você não tiver tempo de cozinhar todos os dias, pode preparar no fim de semana. Faça três tipos de papa para não repetir a mesma em refeições consecutivas. Espere esfriar e depois coloque-a em potinhos. Cole um adesivo com a data e os ingredientes usados, assim você consegue variar o cardápio. Ela pode ser mantida congelada por até 30 dias. Para descongelar, retire a papa do congelador e coloque na geladeira. Quando descongelar, esquente a comida no fogão, em banho-maria, para aquecê-la por igual.

Lembre-se de que ela precisa ter, no mínimo, duas fontes de alimentos reguladores (legumes e verduras), uma de alimentos energéticos (carboidratos, como arroz, macarrão, mandioca e batata) e uma de construtores (carnes). Não se esqueça de usar temperos. As papinhas salgadas podem ter cebola, alho e azeite. As ervas, como salsinha, cebolinha, salsão, manjericão, orégano podem ser colocadas, mas em pequena quantidade, para não comprometer o sabor natural da refeição. Se for usar sal, coloque só uma pitadinha.

Além disso, é importante que seu bebê aprenda a reconhecer a diferença entre as texturas e os sabores dos alimentos, por isso, não bata a papa no liquidificador. O melhor é sempre amassar com o garfo para que a criança desenvolva a mastigação. A papinha industrializada não está totalmente proibida, mas ela deve ser exceção no cardápio do seu filho.
 

Amamentação é fundamental

“Mais importante do que oferecer os alimentos frescos, no entanto, é o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida, como recomenda a Organização Mundial de Saúde”, diz o pediatra Marcelo Reibscheid, do Hospital e Maternidade São Luiz (SP). É por meio da amamentação que a criança adquire anticorpos e células de defesa da mãe.

Mas se você não conseguir amamentar, não se desespere. O pediatra e nutrólogo Ary Lopes Cardoso, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas (SP) aconselha que, nesses casos, você ofereça fórmulas infantis com prebióticos, um tipo de componente que estimula a produção das bactérias boas do organismo, o que aumenta as defesas contra alergias e infecções.

Um erro comum dos pais é adiar a apresentação de alimentos potencialmente alergênicos aos filhos, como ovos e peixe. Isso pode causar o efeito contrário e favorecer alergias. “O organismo necessita da exposição a esses itens para desenvolver tolerância alimentar. Portanto, crianças cujos pais não apresentam alergia a nenhum tipo de alimento, devem consumi-los no primeiro ano de vida”, ensina a pediatra e alergista Renata Cocco, da Unifesp. Se houver algum caso de alergia alimentar na família, você deve esperar a orientação do pediatra sobre a introdução do alimento que causa o problema.
Dá para prevenir?

Infelizmente, não dá para garantir que seu filho nunca vai ter uma alergia, independentemente do tipo-- alimentar, de pele ou respiratória. É importante saber que toda criança tem 20% de chance de se tornar alérgica. Se um dos pais tiver o problema, essa probabilidade sobe para 40%, e, se ambos forem, o risco é de até 80%. Mas a genética não está sozinha. Algumas mudanças de comportamento e do ambiente, como poluição e estresse, interferem na regulação da defesa do organismo. Ainda assim, há maneiras de você protegê-lo, sim. A primeira delas, como você viu, é a amamentação exclusiva até o sexto mês e, como também alertou o estudo, evite oferecer alimentos industrializados ao seu filho até os 2 anos.

Também é importante deixar seu filho se sujar sem neuras. Vários estudos apontam o excesso de higiene como um dos principais culpados pelo aumento das alergias. É simples. Se não tiver contato com as substâncias, o organismo do bebê não vai aprender a se defender contra elas e isso pode causar alergia.


Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Bebes/Alimentacao/noticia/2013/08/papinha-feita-em-casa-ajuda-prevenir-alergias-alimentares-em-bebes.html

22 de mai. de 2013

Descobri que meu filho tem alergia as proteínas do leite de vaca (APLV) e agora?

“Como viver sem leite?”… “ O que dar ao meu filho?”… “Ele vai passar fome!!”… “É impossível viver sem leite!!”…
 
Essas são algumas frases que vem a nossa cabeça na hora do diagnóstico de APLV. Mas saiba, uma vida sem leite é possível SIM e é bem mais saudável do que a alimentação comum nos dias de hoje.
 
 
Em primeiro lugar temos de ter em mente que o primeiro, principal e melhor alimento para um bebê é o leite materno. O leite materno deve ser dado exclusivamente (sem chá ou água) até os 6 meses de idade. Quando o diagnóstico de APLV é estabelecido neste período, a mãe deve fazer uma dieta de restrição de leite de vaca, derivados e traços (Alimentos Não Confiáveis). Na impossibilidade da amamentação, o bebê deverá ser alimentado com fórmula especial de aminoácidos ( NUNCA utilizar soja).
 
Aos 6 meses deverá ser iniciada a alimentação complementar, com legumes e frutas cozidas, um a um, por 4-7 dias cada.
 
A introdução deve ser lenta e gradual, pois uma criança com alergia alimentar pode reagir a mais alimentos, além do leite de vaca.
 
Alguns pontos importantes a serem observados na dieta de restrição em alergia alimentar:
- Ao consumir industrializado, ler atentamente o rótulo, ligar no SAC para certificar-se da NÃO existência de traços por compartilhamento de maquinário, mesmo que higienizados (não vem escrito no rótulo).
- A esponja utilizada na limpeza da louça da criança deve ser somente dela, para evitar os traços de alérgenos.
- A louça (panela, copo, prato, talher) deve ser utilizada somente para a alimentação da criança, não sendo compartilhada com a alimentação da casa.
- SE a criança já se alimentou de leite (ou ovo, soja, carne) TODOS os utensílios devem ser trocados: panelas, bicos, copos, pratos, chupetas. Só pode ficar após higienização, os utensílios de vidro.
- Toda a alimentação da criança deve ser feita em casa: bolos, bolachas, comida salgada, afim de evitar contaminação com leite ou traços.
 
Existem várias receitas rápidas e deliciosas sem diversos alérgenos (leite, ovo, soja, carne, trigo), portanto a alimentação saudável, sem contaminação, é sim possível.
 
Com todos esse cuidados, a cura baterá a sua porta em breve e durante o percurso a criança terá qualidade de vida, sem reações ou dores indesejáveis.


Fonte: Daniara Pessoa – Especialista em Ciências de Alimentos. Acesso em: <http://apaace.org/descoberta-da-aplv/>.

15 de mai. de 2013

Recusa alimentar

Não se chateie se seu filho recusar espinafre ou outros alimentos que não está acostumado a comer, isso não significa que ele não goste. Se em determinados momentos a criança não quiser provar algo, tente de novo passados uns dias e prepare o alimento de forma diferente (souflês, bolinhos, omeletes, risotos) e ofereça novamente. As crianças podem recusar alimentos simplesmente porque não conhecem bem. Por esta razão é necessário insistir sem grandes pressões e num ambiente descontraído. Pode ser necessário oferecer entre 8 a 10 vezes uma nova comida para conseguir com que a criança aceite.

Alimentação também é educação!


Fonte: Nutricionista Paula Woltmann.

6 de ago. de 2012

Seu filho não come nada? Leve-o para a cozinha!

Pesquisa canadense mostra que crianças que participam do preparo das refeições gostam mais de frutas e vegetais

 Shutterstock

Cenoura, beterraba, brócolis, vagem, alface, rúcula, couve-flor. Só de ouvir o nome desses vegetais seu filho já faz cara feia? Calma! Assim como ele, muitas outras crianças não gostam dos “verdes” que insistem em aparecer no prato. Mas a solução, segundo uma pesquisa canadense, parece ser fácil e prazerosa. Basta convidar seu filho para a cozinhar. Sim, é isso mesmo! De acordo com um estudo da Universidade de Alberta, no Canadá, chamar as crianças para ajudar a preparar as refeições é a melhor maneira de fazer com que elas aprendam a fazer escolhas saudáveis na alimentação.

Para chegar a esse resultado, os cientistas analisaram o comportamento de 151 estudantes de escolas da Província de Alberta. Quase um terço das crianças revelou que haviam ajudado os pais a preparar pelo menos uma refeição por dia no último mês. Outro um terço disse ter participado da preparação na cozinha de uma a três vezes por semana com os pais, enquanto um quarto das crianças admitiu ajudar a fazer a comida apenas uma vez por mês. Por fim, 12,4% revelaram nem ter entrado na cozinha. 

Depois de analisar o comportamento das crianças na cozinha, os cientistas perguntaram o que elas gostavam de comer. A maioria afirmou gostar de frutas. Mas aqueles que participaram do preparo das refeições mais vezes também colocaram verduras e legumes na lista de preferências, além de se mostrarem mais confiantes sobre a importância de fazer escolhas mais saudáveis.


Mas a cozinha não é um ambiente perigoso para as crianças?

Depois dos 3 anos, com a companhia dos adultos, elas já podem, sim, brincar com massas e ajudar a misturar ingredientes, por exemplo. Antes disso, seu filho já pode acompanhá-la enquanto você prepara as refeições, sentado no cadeirão. E assim, entre um prato e outro, ele vai conhecer os legumes e se interessar por eles.

Para o professor Paul Veugelers, co-autor do estudo, ao optar por uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes, seu filho vai ter um melhor desenvolvimento ósseo e muscular, além de aprender mais rápido e melhor.

“Manter uma alimentação saudável é importante porque nos mantém longe do sobrepeso e das doenças crônicas, como a obesidade”, diz Veugelers. A pediatra Carolina Bombini Ferro, do Hospital 9 de Julho (SP), faz eco. "Eles são essenciais no crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor da criança e a falta é o motivo dos altos índices de desnutrição verificados na rotina dos consultórios pediátricos do país", diz Bombini. 

A pediatra Wylma Hossaka, coordenadora do Pronto Atendimento Infantil do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, observa que os pais que estimulam os filhos a ir para a cozinha são geralmente os que costumam cozinhar mais e fazem as melhores escolhas para a alimentação da família - o que já começa no supermercado. "Ao ficar mais próxima desses alimentos e conhecer as opções, a criança vai se interessar mais por eles e, consequentemente, apreciá-los também”, diz Wylma.

E de nada adianta insistir para que seu filho coma frutas e legumes se você é o primeiro a fazer cara feia. O seu exemplo é fundamental para ajudar seu filho a criar hábitos saudáveis, não custa lembrar.


Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI313006-15546,00.html

27 de jun. de 2012

Pediatras americanos reforçam recomendação de amamentação exclusiva para bebês até os seis meses

Adultos que foram devidamente amamentados quando crianças têm menos propensão à obesidade ou diabetes

Amamentação: leite materno deve ser único alimento dado ao bebê até os seis meses de vidas
Amamentação: leite materno deve ser único alimento dado ao bebê até os seis meses de vidas                                     

A Academia Americana de Pediatria (AAP) atualizou suas diretrizes e, seguindo as mesmas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), indicou que as mulheres alimentem exclusivamente seus filhos com leite materno em seus seis primeiros meses de vida. Após esse período, alguns alimentos podem ser adicionados. Ainda segundo as orientações, que foram divulgadas nesta quinta-feira no periódico Pediatrics, as mães devem oferecer leite materno aos seus bebês como complemento da alimentação até seu primeiro aniversário ou mais tarde, dependendo da preferência de cada uma.

Embora a publicação anterior dessas diretrizes, em 2005, também tenha recomendado a amamentação com leite materno exclusiva nos primeiros seis meses, os membros da AAP afirmam que essas indicações são mais firmes e baseadas em mais evidências. "Amamentar não é somente uma escolha de estilo de vida, mas também de saúde, já que essa atitude protege tanto o bebê quanto a mãe", disse à agência Reuters o médico Richard Schanler, um dos autores do documento.

As recomendações da AAP citam um estudo recente que observou que, em 2010, apenas 13% das mães dos Estados Unidos amamentaram somente com leite materno seus filhos durante os primeiros seis meses de vida do bebê. O relatório ainda chama a atenção para o fato de que ainda há muitas mulheres, especialmente as mais jovens e de classes socioeconômicas mais baixas, que nunca amamentaram os filhos. Isso, segundo a Academia, priva a criança de uma série de importantes benefícios à saúde.


Alimento benéfico — Segundo Schanler, o leite materno fortalece tanto o vínculo entre mãe e filho quanto a saúde da criança. De acordo com o documento, há várias evidências que sugerem que adultos que foram devidamente amamentados quando crianças têm menos propensão à obesidade ou diabetes. Além disso, a amamentação tem sido associada a menores índices de doenças provocadas nas mães, como depressão pós-parto, riscos de doenças cardíacas, de câncer de mama e de ovário.

"Nossa recomendação para as mães é que elas não ofereçam ao bebê nenhuma alimentação artificial até os seis meses. As fórmulas nunca se mostraram superiores ao leite materno em relação à saúde tanto da mulher quanto dos filhos", disse à Reuters Lori Feldman-Winter, presidente da Seção de Aleitamento Materno da AAP.


Outras diretrizes — Além dessas recomendações, a AAP indica que somente mães que estejam fazendo uso de certos medicamentos, passando por quimioterapia ou tratamento para tuberculose não amamentem. A Academia também estabeleceu que os hospitais devem promover o aleitamento materno o quanto antes, de preferência até uma hora depois do parto, além de torná-lo o mais conveniente possível.


13 de jun. de 2012

Cardápio do dia

Você acha que criança não pode comer sushi ou carne de rã? Errado! Será que no Japão, na Índia, na Malásia crianças pequenas só experimentam essas comidas diferentes mais tarde? Nada disso. Aparentemente alimento de gente grande, elas podem ser consumidas e se tornar um ingrediente novo no cardápio do seu filho. É a partir dos 2 anos que uma criança deve ser apresentada a comidas diferenciadas ou, por que não, inusitadas. Para isso, alguns cuidados devem ser tomados: dê pequenas porções por causa dos possíveis riscos de intoxicação e alergia. Deve-se ter especial atenção com frutos do mar e alimentos crus, como sahimi, carpaccio e quibe cru, pois precisam estar bem frescos e com garantia de procedência.

Para que você possa fazer essa experiência em sua casa, conheça abaixo os benefícios nutricionais de algumas dessas comidas exóticas. Elas possuem nutrientes essenciais ao seu filho.

– Quibe cru: rico em proteína animal e fibra. O prato deve ser feito na hora de comer.
– Coalhada: contém cálcio, mineral fundamental para a formação e a manutenção da massa óssea.
– Rã: tem alto teor de proteína e é de fácil digestão por conter pouca gordura.
– Marisco: contém zinco em abundância, mineral importante para o crescimento e o desenvolvimento. Ofereça com moderação por causa do colesterol.
 – Sushi: rico em carboidrato e proteína. Se for de salmão, também é fonte de ômega 3, gordura boa para o coração.


Fonte: Boletim Crescer Online.

23 de mai. de 2012

Bebê gordinho não é sinal de saúde

Pesquisa feita por equipe da Universidade de Maryland (EUA) mostra que, para a maioria das mães, criança gorda é criança saudável. Elas estão enganadas


Um bebê roliço, de bochechas rosadas, dobrinhas por todo o corpo e pezinhos como pãezinhos enche os olhos da mamãe e é o orgulho do papai. Pois é... Apesar de tudo o que já foi dito e escrito sobre os perigos da obesidade infantil, para a maior parte dos pais, criança gorda é criança saudável. Em um artigo publicado na mais recente edição da revista científica Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine, pesquisadores da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, revelam quão enganadas estão as mães quando o assunto é o peso de seus rebentos. Foram acompanhadas 281 mulheres, com filhos entre 12 e 32 meses. Para começar, a maioria teve dificuldade para definir quanto os bebês pesavam. As que mais erraram foram justamente as mães das crianças obesas. E, pior, 81,7% delas estavam satisfeitas com a compleição física dos pequenos — como se o acúmulo de tecido adiposo fosse uma espécie de atestado de saúde e bons tratos. Não é assim. Lê-se na conclusão do trabalho de Maryland: "Os hábitos alimentares são influenciados pela percepção materna do tamanho das crianças. Impressões equivocadas podem levar a comportamentos inapropriados em relação à alimentação".


O excesso de peso antes dos 5 anos tende a se estender pela adolescência. E o risco de uma criança gorda se tornar um adulto obeso aumenta exponencialmente quanto maior for a demora para controlar o problema. Aos 10 anos, esse perigo chega a 80% (veja o quadro ao lado).

Atualmente, a obesidade infantil atinge 16,6% dos meninos brasileiros com idade entre 5 e 9 anos e 11,8% das meninas na mesma faixa etária. Em meados da década de 70, os índices eram, respectivamente, 2,9% e 1,8%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Tornam-se frequentes nos consultórios dos pediatras crianças vítimas de problemas típicos dos adultos, como colesterol alto, hipertensão e diabetes tipo 2", diz Marcelo Reibscheid, pediatra do Hospital São Luiz, em São Paulo. A obesidade infantil pode antecipar em dez a vinte anos a manifestação de doenças cardiovasculares.

A maioria das crianças obesas está nessa situação em decorrência de um estilo de vida totalmente inadequado. Elas comem de mais, especialmente gordura saturada e açúcar, e se exercitam de menos. A obesidade infantil se faz em casa — e começa a se desenhar na gravidez, com os hábitos alimentares da mãe. O ser humano tem um apreço natural pelos sabores adocicados. Com 24 semanas de gestação, os fetos já conseguem distinguir diferenças de sabor no líquido amniótico — e dão preferência aos mais docinhos. Um dos estudos mais fascinantes sobre o assunto foi feito no início dos anos 2000 por pesquisadores da Universidade da Filadélfia, nos Estados Unidos. Eles dividiram 46 grávidas em três grupos. O primeiro tomou suco de cenoura durante a gestação. O segundo, somente na amamentação e o terceiro não recebeu o líquido. Quando chegaram à idade de receber alimentos sólidos, os filhos das mulheres dos dois primeiros grupos foram mais receptivos a um cereal com sabor de cenoura. Conclusão: o paladar infantil começa a se formar bem cedo. "A partir dos 2 anos, quando o apetite dos pequenos naturalmente diminui, os pais devem incentivá-los a experimentar novos sabores", diz Virgínia Weffort, presidente do departamento de nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria. Afinal, como defendem os nutricionistas, em um adágio clássico, come melhor quem come de tudo, com variedade.


Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/fofura-perigosa. Acesso em: <18.05.2012>.

16 de mai. de 2012

Bebê que come papinha dada com colher fica mais gordo

Deixar a criança comer alimentos sólidos com as próprias mãos leva à preferência por cardápio saudável, diz estudo feito na Inglaterra


O estudo foi publicado na revista científica "BMJ Open" por Ellen Townsend e Nicola Pitchford, da Universidade de Nottingham, Reino Unido. A "BMJ Open" é uma revista de acesso público do grupo que edita a prestigiosa "BMJ" ("British Medical Journal").

Foram estudadas 155 crianças entre vinte meses e seis anos e meio de idade; seus pais responderam a um questionário sobre os hábitos de alimentação dos petizes.

Desse grupo, 92 eram bebês cujos pais deixavam a seu critério a alimentação.

O bebê tinha uma escolha de alimentos na sua frente e pegava o que queria comer. Isso costuma acontecer aos seis meses de idade. A princípio, o bebê apenas lambe a comida, antes de decidir por mastigá-la.

Os outros 63 bebês não tinham escolha. Era a mãe que enfiava a comida pastosa, as papinhas de vários tipos de alimento, nas suas bocas, com colher, o método do "olha o aviãozinho".


PREFERÊNCIAS

Os bebês que se alimentavam sozinhos, revelou o estudo, comiam mais carboidratos e alimentos saudáveis que os seus colegas que recebiam comida de colher.

Eles também gostavam mais de proteínas e de alimentos integrais do que as crianças que comiam papinha amassada.

Já a turma da colher curtia mais alimentos doces - apesar de as mães oferecerem a eles mais opções de alimentos como carboidratos, frutas, vegetais e proteínas do que a turma que pegava a comida sozinha.

Não deu outra: a turma da colher teve maior índice de crianças obesas do que a que pegava a comida com as próprias mãos.

"Apresentar os carboidratos às crianças em seu formato completo de alimento, como torradas, em vez de em forma de purê, pode ampliar a percepção de características tais como a textura, que é mascarada quando o alimento está na forma de papinha", escreveram os autores.

Segundo eles, pesquisas anteriores já mostraram que a apresentação da comida influencia significativamente as preferências alimentares.

Eles também afirmam que os carboidratos podem ter tido destaque na preferência dos bebês por serem mais fáceis de mastigar do que alimentos como a carne.

"Nossos resultados sugerem que a introdução de alimentos guiada pelo bebê promove preferências por comida saudável no começo da infância que podem proteger contra a obesidade. Essa descoberta é importante dados os problemas sérios com obesidade infantil que afetam muitas sociedades modernas", escreveram os pesquisadores.


MÃE NERVOSA

A"ansiedade" da mãe em ter um filho em boas condições de saúde pode levar a exageros na alimentação do bebê, segundo Ary Lopes Cardoso, chefe da Unidade de Nutrologia do Instituto da Criança da Faculdade de Medicina da USP.

"A mãe quer ver o filho gordinho. As crianças ficam obesas pela proteção excessiva."

A orientação que ele e outros profissionais de saúde dão às mães é semelhante à que o novo estudo sugere: a criança tem que mostrar a vontade de comer e ser alimentada adequadamente, sem exageros motivados pela ansiedade.



Fonte: Folha de São Paulo online- Saude (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/24397-bebe-que-come-papinha-dada-com-colher-fica-mais-gordo.html). Citado por: https://www.facebook.com/notes/meu-filho-n%C3%A3o-quer-comer/beb%C3%AA-que-come-papinha-dada-com-colher-fica-mais-gordo/238196626265761Fonte: Acesso em: <07.02.12>.