Fazer com que o filho durma bem -- e a noite inteira --
é uma das tarefas mais difíceis que pais e mães enfrentam. Porque não se trata
de fazer a criança dormir, e sim ensiná-la que dormir é bom e gostoso, e que
ela é capaz de adormecer sozinha, sem a ajuda de ninguém.
Até aquelas crianças que costumam dormir bem deixam os pais malucos, às vezes, com períodos de crise e agitação à noite. Estima-se que até 40 por cento das crianças enfrentem dificuldades para dormir.
Os especialistas do BabyCenter identificaram os seis maiores erros que os pais cometem na hora de pôr os filhos na cama. A boa notícia é que todos esses problemas são solucionáveis. Mudanças simples na rotina fazem uma diferença enorme para corrigir os vícios de sono mais comuns.
Quando você conseguir, vai ver que seu filho ficará muito mais tranquilo, e, mais importante, a vida da família inteira vai mudar para melhor. E um aviso: há recaídas pelo caminho. Uma doença, uma viagem, uma mudança de hábitos já atrapalha tudo o que foi conquistado. Mas é só começar a corrigir os erros de novo que tudo vai dar certo e voltar ao normal.
Erro 1: pôr a criança na cama muito tarde
Hoje em dia as crianças dormem menos do que antigamente. Um estudo mostrou que crianças de 2 anos dormem hoje 40 minutos a menos, em média, que crianças da mesma idade da geração anterior. O resultado da falta de sono, segundo estudiosos, é que as crianças acordam mais à noite, têm dificuldade para adormecer e para dormir durante o dia.
É muito comum que os pais cheguem do trabalho tarde, e deixem a criança ir para a cama mais tarde para poder passar mais tempo com ela. Ou que a criança não tenha horários certos para dormir.
A especialista Jill Spivack, autora de um livro sobre como fazer crianças de até 5 anos dormirem bem ("The sleepeasy solution"), afirma: "Quando elas ficam cansadas demais, têm mais dificuldade de pegar no sono e de dormir um sono tranquilo; também acordam mais cedo".
Quando a criança é mais velha, a culpa é muitas vezes da agenda superocupada. Você conhece a história: até todo mundo chegar em casa, jantar, fazer lição de casa etc., a hora de dormir acaba se atrasando mais e mais. E você acaba deixando, na esperança de que alguma hora as crianças acabem desmaiando de sono sem você ter de interferir.
Só que o plano não dá certo, pois, quando estão cansadas demais, as crianças ficam hiperativas.
Solução: Marque uma hora para a criança ir para a cama (e também para o sono durante o dia) e siga esse horário. Não espere até ver seu filho bocejando, choramingando ou esfregando os olhos. Aí provavelmente ele já passou do ponto. Coloque-o na cama antes disso. Até 15 ou 20 minutos de sono a mais podem fazer uma bela diferença.
É verdade que cada criança é diferente, mas vai uma regra geral: bebês e crianças de até 3 anos normalmente precisam dormir 11 horas à noite. Quando deixam de dormir durante o dia, as crianças precisam de 12 horas, e quando ficam mais velhas podem dormir de 10 a 11 horas.
Erro 2: apelar para o movimento
É difícil não sucumbir a esse truque quando o bebê é pequeno. Ele não dorme de jeito nenhum: você coloca no carrinho, balança no colo, deita com ele na rede, caminha com ele pela casa e pronto, a paz voltou a reinar.
Não há problema em recorrer ao balanço e ao movimento como um dos últimos recursos, em situação de emergência, mas alguns pais e mães acabam caindo na armadilha de usar sempre a mesma estratégia para fazer a criança dormir.
"Quando a criança sempre dorme em movimento -- em carrinhos ou no carro --, ela não chega a ter aquele sono mais profundo e restaurador", diz o pediatra Marc Weissbluth, também autor de um livro sobre o assunto ("Healthy sleep habits, happy child"). Pense na qualidade do seu sono quando está no ônibus, ou no avião.
Solução: Use o movimento e o balanço para acalmar a criança, mas não para fazê-la dormir. E, se não tiver jeito, procure completar o sono sem o balanço: estacione o carrinho, desligue o balanço do bebê-conforto. Se a viagem de carro for comprida, porém, desencane. É uma vez na vida e não vai haver problema nenhum. Aproveite e aprecie o silêncio!
Erro 3: excesso de estímulos
Veja o móbile do berço, por exemplo: às vezes, em vez de acalmar e distrair a criança, ele a acorda ainda mais. Cuidado com sons altos e cores muito intensas. Para crianças maiores, é bom tirar o excesso de brinquedos da cama ou do berço.
Solução: Mantenha o quarto bem escuro à noite, e elimine tudo o que chame a atenção da criança na hora de dormir. Para bebês, numa escala de 1 a 10, sendo 10 o mais escuro, o quarto deve estar no 8 ou no 9, diz Spivack.
Para crianças mais velhas, é possível manter uma luz no quarto, para afastar os medos, mas que não seja suficiente para outras brincadeiras. Por isso também é melhor não manter a TV ou o computador no quarto da criança.
Erro 4: não seguir um ritual na hora de dormir
Com um bebê, é mais fácil seguir a mesma rotina todo dia: um banho, alimentação, uma história ou uma música. Mesmo que você ache que a criança ainda não entenda, a previsibilidade da rotina ajuda a acalmá-la.
Muitas vezes, os pais acabam abandonando esse tipo de rotina quando os filhos ficam maiorzinhos (ou porque acham que a criança não precisa mais ou porque simplesmente estão exaustos demais para pensar nisso). Mas até para os adultos a instalação da rotina é positiva.
Solução: Crie um ritual para a hora de dormir e siga-o sempre. Não importa a idade da criança. O ritual ajuda a dar "pistas" a ela de que é hora de começar a sossegar.
Consulte nossas ideias para rituais para bebês e para crianças de 1 a 3 anos.
Erro 5: fazer as coisas cada dia de um jeito
Alguns dias por semana, quando seu filho está bem manhoso, você se deita com ele até ele adormecer. Outros, deixa que ele pegue no sono no sofá da sala, assistindo à TV. E de vez em quando, obriga-o a dormir sozinho no quarto, reclame o quanto reclamar.
O problema não é o método, mas a inconstância. Pode ser até que você não se incomode de dormir no quarto dele, ou de tê-lo na sua cama a noite toda, mas na maioria das vezes os pais acabam presos numa situação que não teriam planejado se tivessem a opção.
Você conhece bem o caso. Uma hora da manhã. A criança chora, você vai até o quarto, espera ela se acalmar e volta para a cama. Uma hora depois, a mesma coisa. Da próxima vez, lá pelas 3h, você não aguenta e a leva para sua cama, para que ela finalmente durma. Nesse caso, a mensagem que você está passando para o seu filho é: insista bastante, que você vai acabar conseguindo o que quer.
Solução: Crie (e siga!) regras sobre o lugar de dormir.
Se você não quer que seu filho vá todo dia para sua cama, deixe isso bem claro. Explique que ele tem de dormir na cama dele. No começo, talvez você precise levá-lo de volta algumas vezes (ou muitas!). Mas não desista. Ele vai acabar absorvendo a regra.
É claro que há exceções. Se ele está doente, ou há uma tempestade lá fora, você pode deixá-lo ficar um pouco na sua cama, ou num colchão no seu quarto. Mas, assim que a situação extraordinária acabar, retome a rotina e explique que ele tem de dormir na cama dele.
Há quem não se importe em dividir a cama com as crianças. Se todo mundo estiver feliz, não há problema nenhum. O que não vale é mudar de opinião dependendo do dia, porque aí seu filho não vai ter a segurança de saber qual é o lugar certo para ele dormir.
Erro 6: passar do berço para a cama antes da hora
Seu filho completa 2 anos, e a família toda fica feliz e empolgada para mudar o quarto dele e colocá-lo numa cama para crianças grandes. Ou tem um irmãozinho chegando, e o berço passa para ele.
Só que, logo depois da mudança para a caminha, a criança começa a acordar no meio da noite, ou se recusa a adormecer.
Há muitas crianças que, até os 3 anos, ainda não estão prontas para deixar a segurança do berço para trás.
Solução: Espere até a criança estar pronta para deixar o berço, ou volte atrás e traga o berço de volta.
Perto dos 3 anos, pode ser que seu filho esteja ficando pronto para ir para a cama. Cada criança tem seu ritmo. Leia nosso artigo sobre essa transição e lembre-se de que ela não precisa ser definitiva. Você pode colocar a cama no quarto por um tempo, até a criança se acostumar, ou então deixar um colchão no chão para sonecas da tarde.
É mais ou menos como o desfraldamento. Às vezes voltar atrás é a melhor solução. Voltar para o berço não é uma tragédia. Por mais que adore o berço, não há nenhuma chance de ele ficar até os 10 anos nele...
Até aquelas crianças que costumam dormir bem deixam os pais malucos, às vezes, com períodos de crise e agitação à noite. Estima-se que até 40 por cento das crianças enfrentem dificuldades para dormir.
Os especialistas do BabyCenter identificaram os seis maiores erros que os pais cometem na hora de pôr os filhos na cama. A boa notícia é que todos esses problemas são solucionáveis. Mudanças simples na rotina fazem uma diferença enorme para corrigir os vícios de sono mais comuns.
Quando você conseguir, vai ver que seu filho ficará muito mais tranquilo, e, mais importante, a vida da família inteira vai mudar para melhor. E um aviso: há recaídas pelo caminho. Uma doença, uma viagem, uma mudança de hábitos já atrapalha tudo o que foi conquistado. Mas é só começar a corrigir os erros de novo que tudo vai dar certo e voltar ao normal.
Erro 1: pôr a criança na cama muito tarde
Hoje em dia as crianças dormem menos do que antigamente. Um estudo mostrou que crianças de 2 anos dormem hoje 40 minutos a menos, em média, que crianças da mesma idade da geração anterior. O resultado da falta de sono, segundo estudiosos, é que as crianças acordam mais à noite, têm dificuldade para adormecer e para dormir durante o dia.
É muito comum que os pais cheguem do trabalho tarde, e deixem a criança ir para a cama mais tarde para poder passar mais tempo com ela. Ou que a criança não tenha horários certos para dormir.
A especialista Jill Spivack, autora de um livro sobre como fazer crianças de até 5 anos dormirem bem ("The sleepeasy solution"), afirma: "Quando elas ficam cansadas demais, têm mais dificuldade de pegar no sono e de dormir um sono tranquilo; também acordam mais cedo".
Quando a criança é mais velha, a culpa é muitas vezes da agenda superocupada. Você conhece a história: até todo mundo chegar em casa, jantar, fazer lição de casa etc., a hora de dormir acaba se atrasando mais e mais. E você acaba deixando, na esperança de que alguma hora as crianças acabem desmaiando de sono sem você ter de interferir.
Só que o plano não dá certo, pois, quando estão cansadas demais, as crianças ficam hiperativas.
Solução: Marque uma hora para a criança ir para a cama (e também para o sono durante o dia) e siga esse horário. Não espere até ver seu filho bocejando, choramingando ou esfregando os olhos. Aí provavelmente ele já passou do ponto. Coloque-o na cama antes disso. Até 15 ou 20 minutos de sono a mais podem fazer uma bela diferença.
É verdade que cada criança é diferente, mas vai uma regra geral: bebês e crianças de até 3 anos normalmente precisam dormir 11 horas à noite. Quando deixam de dormir durante o dia, as crianças precisam de 12 horas, e quando ficam mais velhas podem dormir de 10 a 11 horas.
Erro 2: apelar para o movimento
É difícil não sucumbir a esse truque quando o bebê é pequeno. Ele não dorme de jeito nenhum: você coloca no carrinho, balança no colo, deita com ele na rede, caminha com ele pela casa e pronto, a paz voltou a reinar.
Não há problema em recorrer ao balanço e ao movimento como um dos últimos recursos, em situação de emergência, mas alguns pais e mães acabam caindo na armadilha de usar sempre a mesma estratégia para fazer a criança dormir.
"Quando a criança sempre dorme em movimento -- em carrinhos ou no carro --, ela não chega a ter aquele sono mais profundo e restaurador", diz o pediatra Marc Weissbluth, também autor de um livro sobre o assunto ("Healthy sleep habits, happy child"). Pense na qualidade do seu sono quando está no ônibus, ou no avião.
Solução: Use o movimento e o balanço para acalmar a criança, mas não para fazê-la dormir. E, se não tiver jeito, procure completar o sono sem o balanço: estacione o carrinho, desligue o balanço do bebê-conforto. Se a viagem de carro for comprida, porém, desencane. É uma vez na vida e não vai haver problema nenhum. Aproveite e aprecie o silêncio!
Erro 3: excesso de estímulos
Veja o móbile do berço, por exemplo: às vezes, em vez de acalmar e distrair a criança, ele a acorda ainda mais. Cuidado com sons altos e cores muito intensas. Para crianças maiores, é bom tirar o excesso de brinquedos da cama ou do berço.
Solução: Mantenha o quarto bem escuro à noite, e elimine tudo o que chame a atenção da criança na hora de dormir. Para bebês, numa escala de 1 a 10, sendo 10 o mais escuro, o quarto deve estar no 8 ou no 9, diz Spivack.
Para crianças mais velhas, é possível manter uma luz no quarto, para afastar os medos, mas que não seja suficiente para outras brincadeiras. Por isso também é melhor não manter a TV ou o computador no quarto da criança.
Erro 4: não seguir um ritual na hora de dormir
Com um bebê, é mais fácil seguir a mesma rotina todo dia: um banho, alimentação, uma história ou uma música. Mesmo que você ache que a criança ainda não entenda, a previsibilidade da rotina ajuda a acalmá-la.
Muitas vezes, os pais acabam abandonando esse tipo de rotina quando os filhos ficam maiorzinhos (ou porque acham que a criança não precisa mais ou porque simplesmente estão exaustos demais para pensar nisso). Mas até para os adultos a instalação da rotina é positiva.
Solução: Crie um ritual para a hora de dormir e siga-o sempre. Não importa a idade da criança. O ritual ajuda a dar "pistas" a ela de que é hora de começar a sossegar.
Consulte nossas ideias para rituais para bebês e para crianças de 1 a 3 anos.
Erro 5: fazer as coisas cada dia de um jeito
Alguns dias por semana, quando seu filho está bem manhoso, você se deita com ele até ele adormecer. Outros, deixa que ele pegue no sono no sofá da sala, assistindo à TV. E de vez em quando, obriga-o a dormir sozinho no quarto, reclame o quanto reclamar.
O problema não é o método, mas a inconstância. Pode ser até que você não se incomode de dormir no quarto dele, ou de tê-lo na sua cama a noite toda, mas na maioria das vezes os pais acabam presos numa situação que não teriam planejado se tivessem a opção.
Você conhece bem o caso. Uma hora da manhã. A criança chora, você vai até o quarto, espera ela se acalmar e volta para a cama. Uma hora depois, a mesma coisa. Da próxima vez, lá pelas 3h, você não aguenta e a leva para sua cama, para que ela finalmente durma. Nesse caso, a mensagem que você está passando para o seu filho é: insista bastante, que você vai acabar conseguindo o que quer.
Solução: Crie (e siga!) regras sobre o lugar de dormir.
Se você não quer que seu filho vá todo dia para sua cama, deixe isso bem claro. Explique que ele tem de dormir na cama dele. No começo, talvez você precise levá-lo de volta algumas vezes (ou muitas!). Mas não desista. Ele vai acabar absorvendo a regra.
É claro que há exceções. Se ele está doente, ou há uma tempestade lá fora, você pode deixá-lo ficar um pouco na sua cama, ou num colchão no seu quarto. Mas, assim que a situação extraordinária acabar, retome a rotina e explique que ele tem de dormir na cama dele.
Há quem não se importe em dividir a cama com as crianças. Se todo mundo estiver feliz, não há problema nenhum. O que não vale é mudar de opinião dependendo do dia, porque aí seu filho não vai ter a segurança de saber qual é o lugar certo para ele dormir.
Erro 6: passar do berço para a cama antes da hora
Seu filho completa 2 anos, e a família toda fica feliz e empolgada para mudar o quarto dele e colocá-lo numa cama para crianças grandes. Ou tem um irmãozinho chegando, e o berço passa para ele.
Só que, logo depois da mudança para a caminha, a criança começa a acordar no meio da noite, ou se recusa a adormecer.
Há muitas crianças que, até os 3 anos, ainda não estão prontas para deixar a segurança do berço para trás.
Solução: Espere até a criança estar pronta para deixar o berço, ou volte atrás e traga o berço de volta.
Perto dos 3 anos, pode ser que seu filho esteja ficando pronto para ir para a cama. Cada criança tem seu ritmo. Leia nosso artigo sobre essa transição e lembre-se de que ela não precisa ser definitiva. Você pode colocar a cama no quarto por um tempo, até a criança se acostumar, ou então deixar um colchão no chão para sonecas da tarde.
É mais ou menos como o desfraldamento. Às vezes voltar atrás é a melhor solução. Voltar para o berço não é uma tragédia. Por mais que adore o berço, não há nenhuma chance de ele ficar até os 10 anos nele...
Fonte: www.brasil.babycenter.com
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