22 de jun. de 2018

Dormir mal é prejudicial às crianças

Noites mal dormidas podem causar danos que vão além das olheiras dos pais

Carol do Valle
Pesquisas recentes comprovam que se você não ensinar seu filho a dormir agora, ele pode ter problemas num futuro não muito distante. Uma delas, apresentada em um encontro da Academia Americana de Medicina do Sono, em junho de 2007, mostra que crianças do ensino fundamental com problemas para dormir estão mais propensas a receber notas piores em matemática, leitura e escrita do que aquelas que não apresentam nenhum sintoma. Tanto as noites mal dormidas quanto os distúrbios do sono, menos comuns, alteram o rendimento. “Dificilmente os pais relacionam problemas de sono com notas ruins”, afirma Alyssa Bachmann, que coordenou a pesquisa. E isso pode comprometer o aprendizado e a vida social da criança, segundo ela.

Outra conseqüência que preocupa é a obesidade — isso mesmo! Pesquisadores da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, descobriram que uma hora a mais de sono diminui as chances de excesso de peso em até 36%, na infância. A suspeita é que noites mal dormidas aumentem a produção de hormônios que estimulam o apetite. Além disso, as crianças que dormem pouco praticariam menos exercícios por causa do cansaço.

Até mesmo a depressão infantil pode estar ligada ao sono. Acredita-se que pacientes que sofram da doença tenham mais chances de desenvolver distúrbios. Essas conclusões são importantes para orientar os pais e facilitar diagnósticos. Não apenas nos casos de doenças mais graves, mas também em situações corriqueiras. Seja um bebê que só pega no sono se for no colo da mãe, seja uma criança que insiste em passar a noite com os pais.


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